segunda-feira, outubro 10, 2016


TODOS POR GUTERRES

TODOS CONTRA GUTERRES

Quando apresentou a demissão de 1º Ministro, tudo e todos do interior do PS à oposição mais obtusa que em Portugal se manifesta sempre que é outro (qualquer um) o partido do Governo. Churchill definiu bem esta situação ao afirmar que “nos partidos da oposição tenho os meus adversários. No meu partido tenho os inimigos”.

Pois é. Nessa altura e não será preciso recordar os nomes, não é assim oh Barroso, o 1º Ministro que se demitia era um autêntico “monte de esterco” para o nosso país. De imediato os do seu partido lhe fizeram o funeral e os outros apressaram-se em incinerá-lo de forma definitiva. Não servia para 1º Ministro de Portugal.

E era ver o que diziam os politólogos da situação. Guterres era incapaz de decidir. Era um conciliador. Era um tímido. Não sabia dar um murro na mesa. Inapto. Sei lá o que mais lhe chamaram…

Os jornalistas quais vampiros atiraram-se à única coisa em que o cansaço o venceu. Ele que se licenciou com 19 em Engenharia no Técnico. A SIC e em particular a SIC Noticias durante anos mostrou para gozar de forma despudorada, a cena do seu engano com os números de défice. Como se isso importasse minimamente a quem fosse sequer um pouco inteligente. Importante para a SIC era o José Gomes Ferreira.  

Quem substituiu Guterres como 1º Ministro? O assassino do povo iraquiano. Um tal de durão barroso. Que depois de fazer merda em Portugal e na comunidade da treta se passou de malas e bagagens para quem paga melhor.

Quem substitui Guterres como secretário-geral do PS? Um tal de socras. Acusado de quantos crimes de corrupção já existiram em Portugal. Ex-presidiário.

Tudo ironias do destino?  

Entretanto o Guterres lá continuou em busca do seu sonho. E se Portugal o achava imprestável, outros cenários poderiam considera-lo aproveitável. Contra aqueles que o desacreditavam lá foi. Contra os que faziam dos jogos do poder o seu elixir, lá ia o Guterres sossegadinho, no seu caminho.

Até que começou a acreditar que não era ele que sobrava em Portugal. Era Portugal a ele que já não era suficiente. Pessoas são pessoas em todo o lado. Conflitos são importantes quando merece a pena travá-los e mediá-los. E começa a creditar que vale a pena. E luta quando ninguém (excepto muito poucos) parece nele acreditar. E luta. E pacifica ódios e raivas. E torna-se consensual. Aquilo que em Portugal foi a razão do seu afastamento, tornou-se um bem maior à escala global.

E é ver políticos e politólogos, jornalistas e comentadores. Jornais e Televisões, todos à uma a incensar o Zé das Couves que não servia para Portugal. E como corolário disto tudo já toda a gente tem os remédios para os males deste mundo. É ler o que escrevem, ouvir o que dizem. Todos têm recados para o que Guterres deve fazer. Os que o ostracizaram agora ensinam-no e educam-no.

Cuspiram no seu prato e agora estendem-lhe os vómitos da sua incapacidade. Mantenham-se discretos. Podem fazer o favor de se afastar para dar lugar a quem sabe que a vida só traz felicidade quando acreditamos.   

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