sábado, novembro 26, 2016


MORREU FIDEL CASTRO

Aos fins-de-semana costumo aligeirar este blog. Mas hoje não me sinto com coragem para o fazer.

Morreu um Homem que faz parte da minha cultura e formação. Ele com o Che, com o Ho Chi Min, com o Kennedy, com o Churchil, com o Olaf Palm, e tantos, tantos outros, representam uma época de ouro do pensamento e da acção política. E eu tive a felicidade de viver ao mesmo tempo que esses homens fabulosos.

Compará-los com os líderes de hoje é o mesmo que comparar uma montanha com um grão de areia. E o que digo não é saudosismo. Nem conservadorismo doentio.

Fidel contra tudo e contra todos libertou um povo. Ao longo dos anos e apesar do mais miserável bloqueio que um povo podia suportar, eliminou a miséria (não a pobreza), instituiu educação e saúde para todos. E de tal maneira que até portugueses que se dizem contra o regime cubano, quando os seus filhos precisam de apoio médico fazem peditórios para arranjar dinheiro para pagar as suas deslocações a Instituições clinicas cubanas. Não vão aos EUA nem à Alemanha. Vão a Cuba.

A morte de Fidel diz respeito a toda a humanidade embora uma parte dela não o compreenda. Ele ensinou-nos que só a liberdade é importante para o homem.

Não a liberdade da maledicência. Não a liberdade da sem-vergonhice das redes sociais. A liberdade que se respeita a si própria respeitando os outros.

Por isso todos os políticos e chefes religiosos que visitavam Cuba iam visitá-lo e ouvi-lo.

Morreu Fidel. O mundo tal como o conhecíamos está a desmoronar-se.

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