segunda-feira, abril 03, 2017


EU VIVI – CAPÍTULO II

TEATRO CLÁSSICO GREGO


Corria ainda o ano de 1963. Eu passava os dias a descobrir o que Lisboa tinha para me oferecer. Procurava então encontrar-me. Num desses idos a Fundação Calouste Gulbenkian ofereceu às escolas de Lisboa bilhetes para assistirem no Coliseu a um espectáculo de Tetro pela PIRAIKON, companhia que apresentava os clássicos gregos e que incluiu Lisboa na sua digressão mundial. Já não sei como, nem porquê, coube-me em sorte um desses bilhetes. As peças apresentadas foram a Eléctra de Sófocles e a Eneida de Eurípides. Claro que ao princípio “me vi grego”. Era esta a Língua em que estas peças foram apresentadas. O Grego Clássico. Mas à medida que os dramas se desenrolavam, com o maravilhoso cantar dramático dos coros, esqueci-me que não percebia patavina, embora tivesse o suporte de um programa que guardei até hoje  e que me permitiam perceber o desenvolvimento dos textos teatrais.

Fiquei marcado até hoje pelo teatro. E pelos actores. E pela sua capacidade de pela voz e pela música, pelas expressões e movimentações, tornar qualquer língua universal. No final não resisti e com toda a coragem de que fui capaz, ir aos camarins e pedir os autógrafos dos intérpretes que tanto me tinham impressionado.   

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