EU VIVI –
CAPÍTULO II
TEATRO
CLÁSSICO GREGO
Corria
ainda o ano de 1963. Eu passava os dias a descobrir o que Lisboa tinha para me
oferecer. Procurava então encontrar-me. Num desses idos a Fundação Calouste
Gulbenkian ofereceu às escolas de Lisboa bilhetes para assistirem no Coliseu a
um espectáculo de Tetro pela PIRAIKON, companhia que apresentava os clássicos
gregos e que incluiu Lisboa na sua digressão mundial. Já não sei como, nem
porquê, coube-me em sorte um desses bilhetes. As peças apresentadas foram a
Eléctra de Sófocles e a Eneida de Eurípides. Claro que ao princípio “me vi
grego”. Era esta a Língua em que estas peças foram apresentadas. O Grego
Clássico. Mas à medida que os dramas se desenrolavam, com o maravilhoso cantar
dramático dos coros, esqueci-me que não percebia patavina, embora tivesse o
suporte de um programa que guardei até hoje
e que me permitiam perceber o desenvolvimento dos textos teatrais.
Fiquei marcado
até hoje pelo teatro. E pelos actores. E pela sua capacidade de pela voz e pela
música, pelas expressões e movimentações, tornar qualquer língua universal. No
final não resisti e com toda a coragem de que fui capaz, ir aos camarins e
pedir os autógrafos dos intérpretes que tanto me tinham impressionado.
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