EU VIVI –
III
O
CONSOLIDAR DE IDEIAS
No dealbar
de 1963 testei em concursos da Mocidade Portuguesa as minhas capacidades para
escrever e dizer poesia. Participei então em 3 modalidades que me deram alguma notoriedade
no meio escolar do Distrito de Lisboa. Aqui praticamente terminou a minha
actividade em meios próximos do regime.
Seguiu-se
um período de grande confusão na minha cabeça com a entrada no ISEL. Vejo-me a
participar na Associação de Estudantes e como passo a utilizar as cantinas da
Faculdade de Ciências e do ISEF, vejo-me a acompanhar os movimentos
associativos, colóquios e actividades culturais de vária índole que
prestigiavam o meio académico de Lisboa.
Aproximo-me
do teatro universitário nomeadamente através do CITAC e do Grupo Cénico da Faculdade de Direito de
Lisboa e assisgto ao aparecimento de Grupos de Teatro como o “Grupo 4” e o
Teatro Aberto. Esta minha fome de teatro haveria de me conduzir a uma
actividade mais politizada quer em Lisboa, quer em Peniche onde passei a
participar activamente no CICARP e na Húmus. Digamos que 1969 foi o corolário
de um caminhar na e pela esquerda que nunca mais abandonei.
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