sexta-feira, setembro 07, 2007

A DIMENSÃO DA ECONOMIA NA CIDADE DE PENICHE
Começo por dizer que não percebo nada de assuntos económicos. No Expresso e no DN (que compro) e no Público (que jurei nunca mais comprar), são os primeiros suplementos a engrossarem os pontos verdes perto de minha casa. Este título é pois sensacionalista e está cá só para chamar a atenção.
Mas sou sensível ao que vejo acontecer e ao que ouço dizer à minha volta. O certo é que se fala do número de falências ou de estabelecimentos que encerram por falta de sucesso económico. Não duvido que este seja um problema real, que afecta a fraca economia penichense. No entanto este é um problema que não é de agora. Hoje existem de facto grandes superfícies com uma concorrência feroz ao pequeno comércio. Mas o consumidor não me parece aborrecido com isso.
Vem isto a propósito de um desdobrável sobre Turismo e Comércio editado entre nós no 1º quartel do sec. XX, em que fui encontrar os diversos estabelecimentos que aqui existiam nessa época. Outros poderiam existir, mas a sua importância era tão pouco significativa que nem os promotores, nem a Comissão De Iniciativa e TURISMO DE PENICHE, consideraram interessantes para aqui figurarem.
O mais interessante em tudo isto é que nenhuma destas empresas resistiu à voragem do tempo. Na maioria dos casos nem os espaços em que funcionaram correspondem hoje a locais de carácter comercial.
Sei que provavelmente será fastidiosa esta publicação de hoje. Fica para a posteridade e para gáudio dos mais curiosos sobre as “pequenas coisas” que tornaram Peniche a terra que hoje é.
PALETA DE CORES
A gente percorre as ruas do centro histórico de Peniche e embaraça-se. Ou está degradado ou quando é conservado, isso é feito ao gosto do "Big Brother": Feio, Porco e Mau.
E interrogamo-nos sobre a despesa em honorários com tantos fiscais. Eu sei que ninguém concorre para um lugar desse tipo que seja interrogado sobre Património.
Eu sei que ambiente não faz parte das preocupações de quem tem a responsabilidade técnica dos Serviços autárquicos.
Eu sei que... se gasta tanto dinheiro para recuperar escolas, dando assim aos nossos meninos e meninas exemplos de como fazer bem e depois estragamos tudo com as porcarias que aceitamos que proliferem por aí. É que há coisas tão evidentes que nem é preciso ser muito observador. Aguardemos por melhores dias.

quarta-feira, setembro 05, 2007

A ESCOLA DO FILTRO De vez em quando e por razões que nos enchem de satisfação, apetece-nos falar de algumas coisas. De entre elas destaco hoje a Escola do Filtro. A Escola nº 2 da cidade de Peniche. E escola que foi da minha mulher e da minha filha. A escola do tracoma. E escola dos meninos e das meninas de Peniche de Cima. Onde Peniche houve o nome. A escola do pessoal do Forte da Luz e do Bairro dos Pescadores. A escola dos filhos do Bairro do Calvário.
Por todas as razões que têm que ver comigo, com os Penicheiros de Peniche de Cima e com o Património Histórico e Humano que o Filtro congrega, a Escola do Filtro tem marcas indeléveis que nenhum de nós quer ver, sequer esfumarem-se no tempo. Falámos aqui das obras que ali decorreram. 75 000 contos em dinheiro penicheiro como diz um amigo meu. As obras acabaram e eu pedi para visitar a escola no dia em que o empreiteiro a entregou à Câmara Municipal. São as fotos que hoje publicito. Com alegria. Com orgulho. A “nossa” Escola do Filtro, aí está resplandecente de orgulho no seu novo fato domingueiro. Que mais 50 anos de idade lhe povoem as memórias. E que os filhos dos meus filhos sintam tanto orgulho nela como eu. Aos seus professores, alunos e funcionários desejo muitos votos de felicidades pessoais e profissionais.

Sugiro que no próximo fim de semana, já que o Boletim Meteriológico informa que estará o céu coberto de núvens, uma visita à Escola do Filtro. Creiam que merece a pena e ao mesmo tempo, servirá para encher o ego e sentirmos orgulho de sermos de Peniche.

terça-feira, setembro 04, 2007

ACIDENTE TRÁGICOA notícia apanhou de surpresa todos os que são de Peniche, aqui trabalham na Câmara Municipal ou nos Serviços Municipalizados, ou são amigos da família da infeliz trabalhadora da ETAR de Peniche localizada no Cabo Carvoeiro, que hoje de manhã pelas 10h e 20min foi encontrada já sem vida num dos tanques de arejamento daquela estação.
A CMP constituiu uma Comissão de Inquérito para apuramento das circunstâncias em que o acidente se verificou e deu instruções para ser prestado apoio à família da acidentada.A todos os familiares da vítima deste trágico acidente, presto a minha mais sentida homenagem de condolências.

Lisboa, Portugal 04/09/2007 17:30 (LUSA) Temas: Acidente (geral), Autoridades locais
Peniche, Leiria, 04 Set (Lusa)-

O corpo da mulher que caiu esta manhã dentro de um dos tanques de arejamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do Cabo Carvoeiro, em Peniche, foi já esta tarde resgatado e levado para a morgue.
"Procedeu-se à utilização de uma maca de resgate e respectivos imobilizadores, dois bombeiros desceram ao tanque devidamente equipados com máscara, aparelhos de respiração e fatos apropriados, procedeu-se à colocação da vítima na maca que foi elevada com recurso a cabos" relatou à Lusa o coordenador da protecção civil municipal, Humberto Machado, depois de várias horas de espera pelo esvaziamento do tanque e pela retirada das lamas.
A operação envolveu 12 bombeiros e três viaturas dos Bombeiros Voluntários de Peniche.
A Câmara de Peniche vai criar "uma comissão independente para avaliação das circunstâncias em que ocorreu o acidente, para apuramento de responsabilidades", além de outros procedimentos legais, informou a autarquia num comunicado enviado à comunicação social. Também a Inspecção-Geral do Trabalho esteve no local e deverá abrir um inquérito para apurar as causas do acidente.
O Município, proprietário da ETAR, lamentou o incidente e disponibilizou de imediato apoio psicossocial à família da vítima.
O acidente de trabalho ocorreu logo pela manhã: após entrar ao serviço às 08:00 horas, a técnica, de 41 anos de idade, estava a recolher amostras de água residual e ter-se-á desequilibrado entre as 08:30 e as 09:00 horas. Meia-hora depois, após detectado o seu desaparecimento, foi dado o alerta de que poderia ter caído de uma altura de 4,5 metros para dentro de um dos tanques de arejamento, acabando o corpo por ser avistado já sem vida.
A funcionária trabalhava para a Sisaqua, uma empresa privada de sistemas de saneamento básico, com quem os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento da autarquia têm um contrato desde 2003 para a manutenção e exploração da ETAR, que trata os esgotos domésticos e industriais da cidade de Peniche.

segunda-feira, setembro 03, 2007

CORRESPONDÊNCIA II
Transcrevo um texto notável que me acompanha desde os meus tempos de cooperante na República da Guiné-Bissau. Foi-me oferecido por um amigo que o pudor (ou a modéstia de me não achar dele merecedor) me impede de dizer o nome do autor. Resta dizer-vos que é um grande senhor das letras portuguesas que identifico com 3 maiúsculas.

No vale submarino dos mares subterrâneos apareceram olhos algemados às imagens dum passado-presente (ou dum presente-passado, não se sabia!)
Mais além, um pé torcido de como quem brincou à cabra-cega, permanecia encostado a um poste telegráfico na tentativa de comunicar ao outro pé pairando algures.
As mãos abertas entrelaçadas no vazio que era a única coisa possível que existia, apercebiam-se de que, o que fosse agarrado, era combustão dum petróleo incendiário e humano.

Alguém, algures no planeta, de hábitos cosmopolitas, enquanto ao pequeno almoço comia presunto fumado, abriu um jornal americano e leu ao centro da primeira página a seguinte notícia:
“A guerra continua. Em Hiroxima foi lançado um estranho engenho explosivo a que os técnicos chamam bomba atómica.”
Sinal particular: nesse dia, nesse jornal americano, a secção de Necrologia não tinha nenhum morto a lamentar.

JMS

sábado, setembro 01, 2007

sexta-feira, agosto 31, 2007

OPORTUNISMO, DEMAGOGIA E… ISENÇÃO
1. Uma funcionária do Estado requisitada a um dado serviço, vai desempenhar funções noutro local;
2. Passado algum tempo usando a situação de destaque que lhe foi conferida no local onde se encontra, desata a criticar a forma como a tutela concebe a política para a qual foi destacada;
3. O dirigente máximo do serviço aguarda que a Comissão de Serviço se aproxime do seu termo e nessa altura informa a funcionária que não lhe renovará o seu destacamento;
4. A funcionária (pessoa de nível intelectual acima da média) começa a pescar em águas que não são suas e a solicitar apoios para uma causa que não existe, de facto e de jure;
5. Vem um candidato a primeiro-ministro (mais conhecido pelo meia-leca) e começa numa de solidariedade com a dita cuja funcionária, esquecendo que o Estado mais não fez que afastar, quem não respeitou o dever de lealdade que o Código de Procedimento Administrativo lhe exige; 6. Esquece o meia-leca que se for Governante não pode aceitar que alguém que nomeia para executar as suas directrizes, o critique e faça disso uma bandeira;
7. Esquece o “coisa-pequenina” que se esqueceu de manifestar solidariedade ao nosso Nobel, quando o seu Governo vetou um dos livros pelos quais Saramago foi galardoado pela Academia Sueca;
8. Esquece o “insignificância” que quem semeia ventos colhe tempestades e que nem toda a gente neste país é esquecida e burra; Até aqui falei de OPORTUNISMO E DEMAGOGIA, importa referir a análise isenta e honesta de José Pacheco Pereira sobre este assunto que aconselho vivamente aos que lerem esta crónica. http://abrupto.blogspot.com/

quinta-feira, agosto 30, 2007

RUAS DE PENICHE
Este é um dos momentos em que tudo quanto se possa dizer, fica aquém da beleza dos signos...

quarta-feira, agosto 29, 2007

CÂMARA CLARA
Roubei o título desta crónica a Roland Barthes. Ninguém como ele definiu para mim o valor da fotografia de forma tão intensa.Quando passei e vi esta rua, passaram por mim naqueles fugazes instantes mil perplexidades. Desde logo a luz. Intensa no seu contraste com a sombra que irradia. Depois a figura difusa escondida no chapéu. Uma dolorosa imagem que se perde no fim de tarde. Sou só eu e aquela rua.
Por último (mas o mais importante) aquela folha de papel. Uma mancha desnecessária na limpeza da rua. Vejo o asfalto limpo, asseado, sem mácula. E só aquela mancha branca inverte valores sujando o negro da rua. O claro-escuro. O preto e o branco. O positivo e o negativo. Perdem aqui o significado primeiro, tornando-se na sua forma última o objectivo definitivo da câmara.

terça-feira, agosto 28, 2007

PATRIMÓNIO URBANO

domingo, agosto 26, 2007

EPC MORREU
PORTUGAL CONTINUA A EMPOBRECE
Este fim-de-semana morreu mais um nome grande do pensamento português. EDUARDO PRADO COELHO. Com 63 anos (1944/2007) o inesperado da sua morte colheu amigos e inimigos (ou deverei dizer antes, adversários) de surpresa. Filho de um outro Professor Universitário (Jacinto Prado Coelho), terá sido porventura um dos últimos grandes provocadores do século XX a desaparecer.
EPC percorreu polemizando todo o ideário português. Homem de letras, ensaísta, professor universitário, cronista, político qb, deixou uma obra literária de análise e crítica que está por estudar. Quantas pessoas se podem dar ao luxo de se tornarem conhecidas quando são referidas pelas iniciais do seu nome?
Homem de esquerda, passou militantemente pelo PCP e pelo PS, até não ver em perigo a sua liberdade individual que os partidos tendem sempre, inevitavelmente a pôr em causa. Daí que tivesse dado pontualmente o seu apoio a Miguel Portas e ao BE, ao General Ramalho Eanes e até a Aníbal Cavaco Silva.
As suas “deambulâncias” pela esquerda são sempre em busca do seu eu social. Gostava de gostar e amar era o seu ofício. Viveu com um sentido mais duradouro pelo menos com quatro mulheres e, as mulheres foram de certo modo uma fonte inesgotável de capacidades para o seu ofício de Amante.Polemista extraordinário, ficaram no imaginário de muitos a ternura firme com que defendia os seus pontos de vista, quer fosse em polémicas com o Cardeal D. José Policarpo, quer com outros homens de letras que o acusavam das suas incursões por tantos temas, da literatura à moda, da música ao Futebol. EPC foi o Homem do pensamento global.
A sua figura e a sua verve e as suas polémicas vão fazer falta nos nossos Jornais e Revistas. Eu fico com ele nos meus recortes e nos meus livros. Até já.

sexta-feira, agosto 24, 2007

REFLEXÕES II
Começo hoje onde terminei a última “postagem”: Mas de todos os dados que hoje vos trago, o mais relevante de todos é que, para mais de metade da população de Peniche é irrelevante quem concorre, ganha ou perde eleições. É o venha o diabo e escolha, levado às últimas consequências.
Vejamos os resultados eleitorais nos três últimos escrutínios, que são os que mais importantes se tornaram no nosso Concelho pelas mudanças de atitudes que se verificaram nos eleitores:
1997
PS – 4975 (41,29%)
PCP-PEV – 2566 (21,30%)
PPD/PSD – 3892 (32,30%)
CDS/PP –

2001
PS – 4498 (39,42%)
PCP-PEV – 3349 (29,35%)
PPD/PSD – 2865 (25,11%)
CDS/PP – 324 (2,84%)

2005
PS – 3548 (28,72%)
PCP-PEV – 4724 (38,27%)
PPD/PSD – 3362 (27,22%)
CDS/PP – 227 (1,84%)

Um primeiro dado é o de que desde 1997 que o PS vem a perder eleitores numa lógica que não se revê nos resultados eleitorais deste partido a nível Nacional. O PS ganha a Câmara em 1997 e logo a seguir em 2001, mas já aí perde 477 votantes. Daí para 2005 quando o PCP ganha as últimas autárquicas, perde mais 950 votos. Entre 1997 e 2005 são 1427 os eleitores que se manifestam desiludidos com o PS local e deixam de lhe dar a sua confiança.
O inverso acontece com o PCP. Até parece o princípio dos vasos comunicantes. De 1997 para 2001 ganha a confiança de mais 783 eleitores. E de 2001 para 2005 quando conquista maioria eleitoral o PCP consegue atrair mais 1375 votantes. De 1997 para 2005 a votação no PCP cresce em 2158 votos.
O PPD/PSD desce substantivamente de 1997 para 2001 (-1027 votos). Em 2005 recupera ligeiramente (+497 votos) mas isso não é suficiente para lhe dar a hegemonia de outros tempos.
Quanto ao CDS/PP não passa de um partido político residual em eleições autárquicas. Em 2005 é maior o número de votos brancos (296), que o número de votos neste partido.

Significativo é o facto de que os representados que ganharam as últimas autárquicas, representam 20,7% dos recenseados o que por si só é elucidativo do grau de abandono a que está votada a causa pública.
QUANDO NOS INSURGIMOS CONTRA A INCOMPETÊNCIA DOS AUTARCAS, MELHOR SERIA QUE NOS INSURGÍSSEMOS CONTRA A NOSSA PREGUIÇA E O NOSSO RELAXAMENTO.
Abandonámos os nossos interesses e as nossas causas colectivas. E mesmo os que aparentemente se interessam, não conseguem transmitir para o exterior uma ideia de confiança e de esperança.

quinta-feira, agosto 23, 2007

REFLEXÕES I
- Quando circula nos ares um certo tipo de histórias de mal dizer;
- Quando se dá por certas pessoas a estrebucharem com pouca vontade de se redimirem ou de fazerem a sua autocrítica;
- Quando se vêm algumas personagens em bicos de pés;
Parece-me ser a hora de reflectir. De voltar atrás e (re) pensar no que aconteceu. E porque as coisas acontecem assim e não de outra maneira. O David Mourão-Ferreira perante a queda eminente do avião, atirou-se de mergulho para Deus. Eu prefiro consultar dados estatísticos e com a razão tentar ler para além do imediato.
Leiam por favor comigo:
Nas últimas duas Eleições Autárquicas, no Concelho de Peniche os dados gerais foram os seguintes.
2001
Inscritos – 22 441
Votantes – 11 411 - 50,85%
Brancos – 238 – 2,09%
Nulos – 137 – 1,20%
2005
Inscritos – 22 798
Votantes – 12 352 – 54,18%
Brancos – 296 – 2,40%
Nulos – 192 – 1,55%
Para não ser maçador com os números diria desde já que no concelho de Peniche não é relevante o número de votos BRANCOS e NULOS.
De 2001 para 2005 (4 anos) aumentou em 357 o número de Inscritos, e em 941 o número de Votantes.
MAS DE TODOS OS DADOS QUE HOJE VOS TRAGO, O MAIS RELEVANTE DE TODOS É QUE PARA MAIS DE METADE DA POPULAÇÃO DE PENICHE É IRRELEVANTE QUEM CONCORRE, GANHA OU PERDE ELEIÇÕES. É O VENHA O DIABO E ESCOLHA, LEVADO ÀS ÚLTIMAS CONSEQUÊNCIAS.

quarta-feira, agosto 22, 2007

AMBIENTE
Existe em Peniche uma política de ambiente? Existem no meu concelho entidades que pugnem (e lutem) pela defesa do ambiente?
Talvez fosse importante saber o que é a defesa do ambiente.
Quando vemos o que se passa em termos de suiniculturas na ZONA INDUSTRIAL DO VALE DO GROU, isso é zelar pela defesa do ambiente?
Quando vemos a lixeira em que se tornou a envolvente do RESTAURANTE NAU DOS CORVOS, isso é defender o ambiente?
Quando vemos a proliferação de cheiros nauseabundos que se instalaram em Peniche à volta de algumas Unidades Industriais, isso será defesa do ambiente?
Quando vemos os imensos PARQUES DE ESTACIONAMENTO AUTOMÓVEL (gratuitos) em que se tornaram os velhinhos Campo da Torre e o Largo 5 de Outubro, isso é defender o ambiente?
Se tudo isto se passa de forma impune e sem que algum grupo de pressão de carácter cívico, erga a voz para se insurgir, então é porque tudo está bem. O Concelho de Peniche tem o que, e quem merece. Definitivamente.
E Vivam as danças de Salão!!!

terça-feira, agosto 21, 2007

E SE HOUVER UM INCÊNDIO...
...OU UM SISMO?