quinta-feira, junho 25, 2009

OS ÚLTIMOS SÃO OS PRIMEIROS
Tem dias assim. Em que a gente acorda sem vontade para aceitar o que nos querem impor. Ele é Projectos, Projectos e mais Projectos. Ele é ondas na Cidade e a Cidade das Ondas. E mais “Surf”, para cá e mais “Clic” para lá. E mais navegar e mais “Primar” para lá.
Mas o que podemos fazer de forma singular e de maneira a prestar um apoio efectivo, fica para as “calendas gregas”. Não acredito em “Projectos”. Excepto se deles me prestarem contas. O que nunca acontece. Quantos jovens formados no CENFIM e na FORPESCAS se dedicam hoje às actividades de que receberam formação? Quantas novas rendilheiras surgiram com a Peniche Rendibilros? Quanto custou aos cofres do Estado cada um deles? Os Projectos servem para dar dinheiro às instituições que os promovem e aos formadores que os servem. Digam-me daqui a 10 anos quantos toxicodependentes estão integrados em projectos. Ponto Final.Vem isto a propósito do Centro de Atendimento dos Toxicodependentes cujo estado físico e material se parece ter esgotado. O que existe cumpriu o seu serviço. E já na altura era temporário. Agora é fundamental arranjar um novo espaço. Criativamente. Com vontade de resolver. Ou então mais vale dizer que a Autarquia não está disponível para resolver a situação.
Dizer que se quer aquele espaço na antiga Biblioteca é o mesmo que dizer que não se quer nada. Existe sensibilidade para perceber porque é que aquele espaço não é utilizável para o efeito? Ou diz-se isso só para adiar?
Depois dizer que só daqui a um ano e meio é que o espaço poderá ser pensado é o mesmo que dizer que não existe vontade política de resolver o problema.
Os toxicodependentes são os últimos dos últimos. É melhor começar a pensar neles. Não acredito que a oposição se preocupe com este assunto. Não é visível e não rende votos. Como o poder também não se preocupa porque não dá manchetes nos Jornais e reportagens na TV.
Por mim o não encaminhamento deste assunto antes das próximas Autárquicas irá conduzir a uma tomada de posição pública. Estou farto de ver adiar o que é importante.Do ponto de vista social. A propósito, o Presidente da Câmara Municipal de Peniche ainda não informou os cidadãos dos esforços que desenvolveu para reconverter a antiga “Casa de Trabalho” dum pólo Social da Comunidade. E no entanto, antes de ser eleito agarrou em “pistolas e espadas” contra os autarcas da altura porque não reconvertiam aquele espaço. Agora ali está aquele “bem” a apodrecer.
Bem prega Frei Tomás.

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