RECORDAÇÕES DA CASA LARANJA
Recordam-se de um senhor que em disputa da presidência de um daqueles clubes apetecíveis, dizia para os seus mais directos opositores: “- Olhe que eu sou sério! Olhe que eu sou muito sério!”. Passado algum tempo, sucederam-se os anos de cadeia para o dito cujo senhor muito sério.
Vem isto a propósito da disputa pelo poder que se avizinha. Uma das partes anuncia-se como a detentora da Verdade. Do outro lado são por oposição os mentirosos. De cada vez que ouço falar em verdade até tremo. Faz lembrar o que em nome da Paz e da Democracia invadiu o Iraque. Nunca houve tanto roubo de petróleo, tanto morto e tanta tortura.
Mintam à vontade, todos, Ninguém acredita em nenhum de vós. Nós os que já não esperamos nada do poder, nem empregos, nem baixas de impostos, nem melhoria da qualidade de vida, nem melhor atendimento na saúde ou mais honestidade na educação, ou vamos abster-nos ou votaremos em branco. Digam vocês o que disserem. Portanto mintam. E os que querem dizer que são diferentes, digam só que mentem mais devagarinho. Já ninguém acredita.
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