quarta-feira, setembro 05, 2012

A LEI ELEITORAL AUTÁRQUICA E A RTP

Julgo ser difícil para a maioria dos portugueses que se interessam por estas coisas, compreender o que se passa na cabeça dos dirigentes políticos actuais. Não são capazes de se entenderem para tornar mais transparente e coerente a governação autárquica e ao mesmo tempo numa sanha persecutória contra tudo o que é Estado tentam desmantelar a Televisão pública como se fosse um Lego que os pais lhe ofereceram, em que juntam e desmancham as peças a seu bel-prazer.

Bem avisado andou Jerónimo de Sousa ao recordar que o património da RTP é muito mais do que câmaras e estúdios. É constituído por um acervo de memórias dos últimos 55 anos, tão importante como as que se encontram depositadas nos Arquivos da Torre do Tombo. É que mais uma vez, o que está escrito lê-se, o que se diz ouve-se, mas a RTP guarda o que se fez e que pode ver-se.
Esta canalhada que vem das Juventudes partidárias e que aprendeu o pior da política com os mais velhos, não conservando na memória nenhum dos Valores que a Democracia foi consolidando ao longo dos séculos, dizia eu que esta gentinha que vivem de expedientes e do salve-se quem puder, querem rapidamente tirar a parte que acham que lhes pertence. E fazem favores ao neoliberalismo como se fosse aí que podem conseguir atingir os seus lugares de glória, nem que para isso destruam o seu país e o que de melhor ele conseguiu.

Os relvas, os coelhos e os marcelos dizem que o povo votou neles para esses actos de destruição. Quero aqui recordar que nas últimas eleições dos 9 milhões de portugueses inscritos para votarem, os votantes foram 5 milhões e 600 mil portugueses. E destes votaram no PSD e no CDS 2 milhões e 800 mil portugueses. Dizer que isto os autoriza a desmantelarem o país parece ser um grande atrevimento.

Mas esta gente faz o que quer perante a passividade dos portugueses. Até um dia.

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