QUE FAZER?
Muitas centenas de milhares de pessoas por todo o país mostraram a sua indignação pelo futuro de miséria que os aguarda (ou que lhes querem fazer crer que é necessário) para poder tirar este país do lodaçal em que o colocaram.
À margem dos partidos políticos, embora alguns deles mais ou menos sabiamente se tivessem aproveitado da situação, os cidadãos choraram, gritaram, bateram tampas de tachos e de panelas, cantaram (o hino nacional), entoaram slogans, tudo isto porque lhes alimentaram a esperança e de repente disseram-lhes: “não há mais nada para os que sonharam que eram pessoas. O mundo é mesmo assim. De um lado os ricos (muitos), do outro os pobres (muitos)”. E se até os vários cleros se insurgem contra o estado de miserável pobreza a que chegámos, é porque já nem há pães, nem peixes para multiplicar.
Ganha a batalha dos “miseráveis” o que fazer com ela?
Os políticos (os mesmos de sempre) preparam-se para dar a volta ao texto e continuar a distribuir dividendos pelos seus fiéis seguidores. Os homens do dinheiro preparam-se para nos castigarem se não tivermos juízo. Alguns vão dizer 3 vezes que não estiveram na manifestação. Outros, os mais ingénuos imolar-se-ão de uma qualquer forma. E Portugal vai continuar a perder jogos atrás de jogos, sem que alguma vez possa pensar em chegar aos primeiros lugares do campeonato.
Mas vale a pena lutar? Claro que vale.
Vale a pena sonhar? Sim.
Um dia, as pessoas irão compreender que podem agarrar os seus destinos nas suas próprias mãos e a pontapé e estalo irão atirar para o caixote do lixo da histórea as figuras grotescas que agora nos condenam.
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