quinta-feira, fevereiro 14, 2013

A NOVA PIDE/DGS
Sou velho como o Judas. E ser velho tem vantagens e inconvenientes. Ficamos dependentes das capacidades físicas e mentais que se vão diluindo, mas criamos um banco de memórias extraordinário que nos permite fazer juízos críticos com o saber da experiência feito.
Já escrevi neste blog sobre o que eram as licenças de isqueiros. O Salazar (uma figura sinistra que os mais novos já não conheceram), dizia eu que o tal de Salazar para proteger a indústria fosforeira nacional, instituiu uma lei que tornava obrigatório pagar um imposto para poder usar isqueiro. Isto parece absurdo? Mas era mesmo assim. E qualquer autoridade podia aplicar a multa, sendo que uma percentagem da sua cobrança era atribuída ao autuador.
Outra forma de proteger o estado da nação era atribuir prémios aos denunciantes (ou informadores) que informassem sobre quem ou que grupos colocassem em perigo com atitudes palavras ou obras os fundamentos do Estado Novo. Tudo isto vos parece caricato?

Como conceber a ideia de de multar todos os cidadãos ou adquirentes de bens os serviços que não exijam facturas? Passo a ser funcionário do Governo? Tenho de exercer de novo funções fiscalizadoras? E isto aplica-se também a cidadãos estrangeiros europeus ou outros?
Que Estado é este? Isto é constitucional? Fui nomeado fiscal ou informador em nome de quê? Como é possível os deputados da nação deixarem passar uma filha de putice destas? Ah!!! E sou multado se não pedir a factura!
E os ladrões que me sacam o dinheiro que me é devido? O que lhes acontece? Chega de brincarem com a minha dignidade. Sou um cidadão que paga os seus impostos religiosamente e que exige ser tratado com dignidade.
Parem de brincar comigo. Senão quando me levarem tudo, pode ser que eu entre numa via diferente. Recordem-se do “Homem de Kiev”.
Trabalhem e não me agridam mais.
E isto aplica-se a todos vós que vos sentais no Governo ou na Assembleia da República. Nem o Passos Coelho é o Salazar, nem o Victor Gaspar é o Silva Pais. Chega! Basta!

1 comentário:

Joaquim Moedas Duarte disse...

Perfeitamente de acordo!
Abraço