ANA DRAGO
“Conversa Privada” era um programa que a RTP transmitia com Daniel Sampaio, Luís Osório e Ana Drago. Já conhecia o primeiro, fiquei atento ao segundo que não perco na revista “Tabu” e considerei um achado a Ana Drago. Depois passei a estar atento às suas intervenções enquanto deputada do BE e pese embora o facto de nem sempre estar de acordo com ela, adoro a sua impetuosidade, o seu empenho na causa pública e a inteligência viva e fértil, com que analisa, sumula e critica os factos em que lhe é exigida intervenção.
Digamos para sintetizar que tenho um grande respeito intelectual por ela e admiração pelo calor com que defende as suas causas.
A SIC está a transmitir esta semana a História do BPN. Uma das razões porque o nosso país se tornou um “nojo” por culpa dos seus políticos e dos senhores dos negócios que o espoliaram até ao limite. E que me levam a mim e a outros miseráveis como eu a andarem no final da sua vida a contar os tostões de que precisam para poderem sobreviver.
A propósito desta ladroeira em que até foi conivente um conselheiro de estado, sempre achei vergonhoso que nas audições do ladrão do Oliveira e Costa, escolhido para o Ministério das Finanças pelo actual presidente da república, este ria às gargalhadas em brincadeiras com os deputados que o interrogavam, que por sua vez o acompanhavam nas brincadeiras e risinhos de merda.
Mas se ouviam o Victor Constância que tanto quanto se sabe é honesto e trabalhador, pareciam cães raivosos a ataca-lo. Isto é, ao ladrão palmadinhas, risos e abraços, ao policia vergastadas, gritos e tortura.
Até que finalmente ouvi a Ana Drago dizer para uma deputada do PSD, num programa de televisão aquilo que há mais tempo se deveria ter dito: - Desculpa-se e trata-se bem o ladrão, ofende-se e tenta punir-se o polícia porque não previu o crime.
Se tinha razões para admirar a Ana, fiquei ainda com um maior respeito por ela. É bom que haja pessoas que não permitem que os factos sejam distorcidos de tal maneira que os ladrões sejam despenalizados e os que são roubados sejam julgados. Ou então, mais vale desistir de Portugal.
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