ÓBIDOS
Sou do tempo em que ir a Óbidos era uma aventura um pouco mais entusiasmante do que ir aos Remédios a pé pela estrada velha. Óbidos era o Montez e a sua ginja que evoluiu para formas mais sofisticadas de ser bebida. Mas a ginja do Montez era muito mais que uma ginja de qualidade inigualável. Era bom porque existia o Montez que nos contava as histórias que mais pareciam lendas.
Óbidos soube acompanhar o evoluir dos tempos. Ainda lá voltei há 28 anos para pedir a minha mulher em casamento. E voltei depois disso a um restaurante ímpar perto da escola EB e que hoje já não existe, com a minha mulher e os meus filhos. Depois disso Óbidos por uma ou outra razão deixou de ser lugar dos meus devaneios. Mas tenho acompanhado a magistral influência que o Dr. Telmo Correia tem exercido sobre aquele concelho.
Óbidos Vila Natal. Óbidos medieval. Óbidos e a Semana Santa. Óbidos capital do chocolate. Óbidos o Mundo dos Livros. As semanas de Música Clássica. As Óperas.
Multiplicam-se as ofertas de forma criativa. Ao longo do ano. Óbidos tornou-se um destino para uma multiplicidade de pessoas e apetites. Pelas feiras de artesanato pululam as ginjinhas em copo de chocolate. O empreendorismo é a marca da Vila de Óbidos. O seu presidente soube alterar o habitual fatalismo com que as pequenas vilas do interior litoral vão aborrecendo os seus dias e deu-lhe um destino e várias causas.
Óbidos tornou-se uma referência que cumpre exaltar neste momento. E o seu presidente de Câmara alguém que merece ser reconhecido pela inteligência com que soube fazer surgir do nada todo um imaginário de brilhantes actividades.
Ver e perceber Óbidos, saborear a inteligência com que o Dr. Telmo Correia desenvolveu os mandatos que exerceu é de toda a justiça, num país em que o caciquismo se institucionalizou para perpectuar o poder. Sem outras razões.
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