terça-feira, maio 28, 2013

A ESPERANÇA JÁ CÁ NÃO MORA

No país. Na minha terra. Na Europa de que nos alimentaram os sonhos. De tratado em tratado fomos conduzidos por políticos vigaristas até ao desastre em que hoje nos encontramos. Nunca fomos ouvidos sobre nada no que respeita às grandes decisões sobre a Europa. E mesmo hoje depois do estado a que chegámos ninguém quer ouvir o povo português sobre se deseja assim continuar, ou se pretende mudar alguma coisa.

Tudo quanto cheirar a prebendas é distribuído entre eles e os filhos e os afilhados e os primos e cunhados os amigos de escola e os seus protegidos a concelhia a que pertencem e a jota que os suporta.
O resto é escumalha.

Os políticos (ou os que brincam a tal) fazem do cargo que exercem um hobby para ocupar as horas vagas dos seus afazeres quotidianos. Só conta a vassalagem e a subserviência. Os erros que os nossos cometem são perfeitamente omissíveis. Alguém irá ficar com a responsabilidade do crime. Não os nossos amigos, companheiros e camaradas. Esquecemo-nos do mais importante. Que passamos a vida a dizer que o principal responsável foi quem se desleixou e não previu o que se estava a passar. Isso só vale se são os outros que estão em causa. Não é válido para os nossos.

Quando a podridão corrói o poder este começa a esboroar-se e desaparece na voragem do poder.
Quando o exercício do poder se realiza utilizando as pessoas como bodes expiatórios dos nossos erros e incapacidades, o futuro fica comprometido definitivamente.

É então que morre a esperança. E o sol deixa de brilhar para todos nós. Os que se alimentaram da mentira e do compadrio irão ficar isolados num deserto de ideias e apoios. Perde-se a superioridade moral dos que sempre falaram em nome da verdade e do povo. E o povo não perdoará a quem o traiu.

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