segunda-feira, agosto 26, 2013

SÃO SÓ CARTAZES, SENHOR! SÓ CARTAZES...

Por definição um cartaz é um meio para transmitir uma mensagem. Uma ideia. Algo que se pretende que se pré-fixe no cérebro do alvo do cartaz. Daí a sua importância. Existem cartazes a que nós associamos momentos da nossa vida. Existem cartazes que não ocuparão um milésimo da nossa atenção. Existem cartazes agressivos e cartazes doces.
A palavra coca-cola, A maçã da Apple, a língua dos Stones, as pernas da Marilyn apanhando o vento numa grelha em Nova York, a lágrima do menino e por aí fora, representam memórias que fixamos para todo o sempre, gostemos ou não delas.
Vem tudo isto a propósito dos cartazes do PS na Cidade de Peniche. O sinal + permite que ganhando as eleições recusar responsabilidades se as promessas não forem cumpridas. É só um símbolo, não é um programa. É só um símbolo matemático, não é um comprometimento com o que nos espera. Aliás isso está bem patente no que se diz que se fez (?) e não com o que se pretende que seja indispensável realizar.
Depois aparece o candidato. Com um fácies extremamente pesado, simbolizando a receio pela tarefa ciclópica que reconhece aguardá-lo. Em alguns cartazes aparece o Candidato a Presidente da Câmara lado a lado com o candidato a Presidente da Junta de Freguesia. O que não está mal. È um símbolo de Unidade para a liderança da Cidade.
O que está mal, o que está errado, não é tanto o que lá está. É o que lá falta. Não se vê um cartaz em que surja também a figura do Candidato a Presidente da Assembleia Municipal.
Ora o que não está é tão importante como o que está. Para o PS a Assembleia Municipal é uma mera figura de retórica e é pouco importante quem desempenha o cargo. Serve para dar aval àquilo que o executivo decidir. Não tem qualquer papel de relevo. Estar lá a cara de quem é candidato ao lugar ou não estar, não tem importância rigorosamente nenhuma. O PS reconhece que é um Órgão sem relevo e sem significado político.
Este o mérito do cartaz do PS. Dizer tanto pelo que não diz. Um partido político revela-se na importância que dá ao papel da Democracia nos auditórios em que o Povo enquanto tal pode manifestar a sua vontade. Se um Partido Político menoriza os seus representantes e os seus Órgãos representativos, o que nos resta a nós simples cidadãos fazer?
Responder-lhes na mesma moeda. Isto é: Ignorá-los!    

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