VARANDA
DE PILATOS
Debruçado
sobre mim aqui estou
nesta
Varanda de Pilatos de mim mesmoolhando as minhas ondas de espuma
quebrando-se nos meus rochedos a pique.
Eu
mar
eu
feito de azul de sonhoe cinzento de viver.
E
os barcos que em mim vogam
já
não encontram porto de abrigo
navios fantasma à deriva
nas sete partidas do mundo
até
que o tempo os devoree o esquecimento os apague.
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