terça-feira, abril 01, 2014

UMA IDA À CAPITAL DO IMPÉRIO (?)

Um exame clínico pouco habitual, levou-me ontem a Lisboa a um hospital privado, a fim de queimar tempos de espera que poderão ser dificilmente recuperáveis caso os resultados exijam qualquer tipo de intervenção mais rápida. Quero dizer desde já que não me estou a queixar. É assim mesmo e pronto.

Desloquei-me como vem sendo habitual na Rápida das 6:45 horas e cheguei cerca das 08:30 horas. Apanhei um táxi para o Hospital onde se realizaria o exame. Quando cheguei fiquei deslumbrado. Qualquer pessoa que se sinta doente ao entrar ali o próprio ambiente o ajuda a acalmar. Depois o atendimento desde a recepção aos serviços onde realizaria o exame foi de uma inexcedível simpatia e carinho. Concluído o exame fui efectuar o pagamento e solicitar que os resultados me fossem enviados para o local de residência.

Uma falha na factura onde não constava o meu número do subsistema de saúde a que pertenço, tornou impraticável o acto de pagamento. Pois, sem quaisquer dificuldades foi-me sugerido que o pagamento se efectuasse com o envio de uma nova factura para casa. Isto é, num local onde ninguém me conhece, frequentado por milhares de pessoas, confiam em mim sem quaisquer dificuldades.

Apanhei o autocarro de regresso a Peniche pelas 11:00h, não sem antes eu e a minha mulher termos tomado um pequeno-almoço frugal na cafetaria do Hospital e às 12:30 horas estava em Peniche para almoçar.

Este relato das coisas simples da vida, que ajudam um “velhote” a passar os seus dias independentemente de serem razões agradáveis ou menos agradáveis, faço-o aqui porque pese embora o desastre emocional em que está envolvida a maioria dos portugueses, parece haverem ainda algumas razões para termos esperança.
Existem boas práticas na saúde, seja através do SNS seja através de alguns serviços mais ou menos privados. Os velhos ainda podem respirar um pouco. E os novos também. Existem pessoas que fazem da sua profissão um exercício de boas práticas. Independentemente dos maus exemplos de quem nos governa.
Peniche já não é um lugar afastado do resto do mundo. Uma manhã e só utilizando transportes públicos é possível tratarmos de coisas importantes mais de uma centena de quilómetros afastadas de nós e, regressar a casa.

Por tudo isto merece a pena falar de algumas coisas simples.

 

 

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