segunda-feira, setembro 22, 2014

ESTES DIAS ASSIM
Num estudo desenvolvido pelo filósofo e pensador português José Gil, conclui-se que os portugueses perderam a capacidade de sonhar.
Não espanta. Os Tribunais são um nojo. Aniquila-se a capacidade criativa no acto educacional. O SNS tornou-se ele próprio uma doença cancerígena a extirpar definitivamente. Os políticos deixaram de ser os tribunos para ocuparem o lugar dos vendilhões (traficantes). A iliteracia tornou-se o lugar-comum dos portugueses, que só conseguem ler até ao limite do “correio da manhã”.
Vemos ouvimos e lemos e não podemos acreditar que em pouco mais de 30 anos tudo o que era esperança de um sol que aquecesse a alma dos portugueses, se havia transformado neste “el nino” devastador.
Os jovens emigram. Os jovens não querem ter filhos. O meu ocaso, começa a ser desesperante não por me aproximar da minha morte física, que aguardo com serenidade e toda a dignidade de que sou capaz, mas começo a sentir como um pesadelo esta ideia avassaladora de que tendo eu e a minha geração assistido a quedas de impérios e ao nascimento de nações, aos maiores avanços da tecnologia e ao aparecimento de epidemias dantescas, ao melhor que a humanidade podia conceber intelectual e artisticamente, depois de tudo isto, o legado que transmitimos aos nossos filhos e aos filhos dos nossos filhos é esta apagada e vil tristeza.

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