segunda-feira, maio 25, 2015

A SIC E O GATO
No decorrer da passada semana a SIC durante 48 horas não se cansou de repetir a história de que um ensaio para um livro de exercícios de Física e Química do 9º Ano de uma dada editora, continha um exercício sobre energia cinética em que um gato era lançado por um jovem de uma janela de um 5º andar para o solo. O cálculo a executar seria o da velocidade com que o gato atingiria o solo.
O caderno de exercícios não estava à venda. Era um ensaio para ser testado. Vista a incongruência do exemplo dado editora e autores, justificaram-se, pediram desculpas e comprometeram-se a retirar o exercício em questão.
Esta é a história do gato da SIC.

No decorrer de uma prova de qualificação para um programa denominado “Ídolos” que a SIC mantém no ar, um jovem que tal como eu, tem umas orelhas desproporcionadas, foi humilhado, insultado e gozado não só pelo júri, como pelo realizador do programa que à medida que o jovem cantava lhe ía fazendo crescer as orelhas, replicando as orelhas de burro de má memória utilizadas na Escola Primária do Estado Novo. Apesar dos inúmeros protestos no programa seguinte do mesmo concurso não vi o júri, ou o realizador ou um responsável da estação televisiva apresentar desculpas, demitir o Júri, ou ainda oferecer-se para criar condições para que aquele jovem poder recuperar do vexame a que foi sujeito.

A SIC tão preocupada com os danos virtuais que poderia um gato virtual ter sofrido, parece pouco preocupada com os danos reais que provocou num jovem em fase de crescimento muito problemática.

Assim é a SIC que se quer e auto proclama como uma estação de serviço público.      

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