quinta-feira, maio 21, 2015

COMO FAZER PARA LÁ CHEGAR?
E de repente a violência instalou-se entre nós. Nas relações pessoais e familiares. A pretexto de coisa nenhuma desentendemo-nos. Daí à violência é um passo.
Vemos em nome da religião (?) assassinar pessoas em pleno século XXI. Vemos destruir património mundial numa sanha assassina completamente inusitada.
Jovens agridem jovens. Adultos praticam actos lesivos da identidade das crianças. As escolas retomam as regras de um tempo obscurantista que julgávamos erradicado. Ninguém parece importar-se a não ser os média para explorarem a venda dos seus produtos.
Damos péssimos exemplos mesmo quando nos dizemos crentes num deus torturado, morto e sepultado em nome dos nossos erros que confessamos não voltar a repetir, para logo a seguir nos tornarmos fiéis depositários do que de pior a humanidade possui.
Vejo passar as procissões e onde está a poesia que encerrava o que João Villaret dizia? Já não há anjinhos e o sacristão já não usa bigodes e o cura já só é uma miragem.
O tempo em que líamos a “Mãe” de Gorki já lá vai. E a “superioridade moral dos comunistas” foi chão que deu uvas e que bem pode superar-se durante uma viagem à Noruega.

Esperam-nos dias de promessas. E de novidades também. Aqui em Leiria, neste Distrito entregue ao que de pior a social-democracia tem para oferecer nada de relevante se espera. Perfilam-se os mesmos de sempre numa monotonia cinzentona que nos faz entrar no desespero.

Eu limito-me a aguardar que o meu calcanhar e o meu joelho se tornem de novo operacionais. Já não posso correr. Vou lendo, ouvindo e escrevendo. Deus está ocupado com os migrantes no Mediterrâneo e não tem tempo para se ocupar comigo.

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