Quero começar por expressar o meu sentido pesar pelo desaparecimento em trágicas circunstâncias de qualquer adolescente ou jovem adulto.
Deles haverá em princípio a esperar muito para a comunidade em que se inserem ou para as suas famílias. Choro em primeiro lugar pela sua perda para todos nós. Acompanho as suas famílias na sua dor. Mas eles próprios que desaparecem são o alvo primeiro da minha dor.
Por isso lamento tanto a criança que morre afogada em alto mar, como o jovem que sofre um acidente estúpido e morre, seja ele de famílias que ninguém conhece ou façam parte do clã familiar de figuras mediáticas.
O
que não posso aceitar é que quem quer que seja que viva da “notícia”, a publica
e edita, sem pudor pelos que atinge de forma muitas vezes despropositada, não
respeitando as suas idades e a dor das suas famílias, se armem em prima-donas
quando são eles o alvo da reportagem ou notícia pela perda dos seus entes
queridos.
Sobretudo
as TVs (e algumas muito mais que outras) que repetem até à exaustão dor dos
outros quando são vítimas da desgraça (porque notícia é noticia e o direito de
informar é absoluto), dizia, a utilização abusiva da dor dos outros só é possível
porque se trata dos outros. Quando nos toca a nós, aí parou e levas com um
processo em cima.
Espero
que o futuro nos reserve mais comedimento quando se noticiar a desgraça alheia.
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