segunda-feira, dezembro 12, 2016


LISBOA

Todos os que tiveram a felicidade de ver Lisboa do ar.

Todos os que foram surpreendidos com Lisboa subindo o Tejo de barco.

Todos os que se deliciaram atravessando o rio por qualquer das pontes e viram a margem por onde se estende Lisboa.

Todos esses (nos quais me incluo) são seres privilegiados pois é-lhes dado a conhecer uma das maravilhas naturais que tornam o nosso país impar.

Faltava-me a visão de Lisboa da margem sul de um local em que pudesse vê-la estendendo-se em plenitude. Quem já visitou o Cristo-Rei conseguiu essa vista de forma lena. Eu só agora consegui esse efeito. E embora o dia tenha acordado sobre um manto de nevoeiro, deu para perceber o todo o imenso sentimento de esperança que podemos sonhar para nós e para o nosso país.
 E faltava-me essa perspectiva à noite. Somos pequeninos perante o mar de luzes que se esbate à nossa frente. Lisboa torna-se um Presépio para os nossos corações. Compreendemos aqui melhor o desejo de ir mais longe que levou os portugueses às cinco partidas do mundo. Compreendemos também aqui o Fado, canção que refleste em plenitude a alma do povo português.  



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