quinta-feira, janeiro 26, 2017


O QUE NOS DIZEM…

“Francisco Sá Carneiro e, a propósito da singular posição do PSD na votação da redução da TSU, afirmar que “a política sem risco é uma chatice, sem ética é uma vergonha”. Ignoro se Sá Carneiro alguma vez produziu um pensamento semelhante. Porém, e nestas particulares circunstâncias, “se non è vero, è ben trovato”. E esse é o problema do PSD. Enredou-se numa teia de factos alternativos num tempo da já insuportável ideia da pós-verdade. Corre agora o risco de cair num mundo distópico, em que a verdade de ontem pode ou não ser a verdade de hoje. Depende das oportunidades e das conveniências.”

Valdemar Cruz, Jornalista

In “Expresso Curto” de 26 de Janeiro de 2017-01-26

 

“Distopia ou antiutopia é o pensamento, a filosofia ou o processo discursivo baseado numa ficção cujo valor representa a antítese da utopia ou promove a vivência em uma "utopia negativa"[1]. As distopias são geralmente caracterizadas pelo totalitarismo, autoritarismo, por opressivo controle da sociedade. Nelas, "caem as cortinas", e a sociedade mostra-se corruptível; as normas criadas para o bem comum mostram-se flexíveis. A tecnologia é usada como ferramenta de controle, seja do Estado, seja de instituições ou mesmo de corporações.

Uma distopia está intimamente conectada à sociedade atual. Um número considerável de histórias de ficção científica que ocorrem num futuro próximo do tipo das descritas como "cyberpunk", usam padrões distópicos de uma companhia de alta tecnologia dominando um mundo em que os governos nacionais se tornaram fracos.”

In Wikipédia

Sou um leitor assíduo do jornal online “Expresso Curto”. Por algumas vezes respingo notícias que leio e que considero interessantes para vos dar a conhecer. Ao ler desta vez uma opinião de Valdemar Cruz sobre o que terá (ou não) acontecido com a célebre TSU a certa altura dei com o parágrafo com que inicio esta crónica de hoje.

Eu sei que a truncagem de um artigo pode torna-lo de difícil compreensão. Mas penso que aqui não é o caso. Eu sou um leitor comum. E a expressão mundo distópico atrapalhou-me. Fui à Wikipédia buscar elementos para não correr o risco de perceber mal a ideia. E foi aqui que fui surpreendido com as razões que levam os populistas a ganhar eleições. Utilizam as redes sociais onde por símbolos e abreviaturas são de fácil compreensão. Não interessa se dizem a verdade. Mas são simples de ler e não nos obrigam a buscas. É que o tempo é pouco para o muito (ou nada) que temos de fazer. Mas queremos ser senhores do tempo. E que raio o tempo de escola já lá vai. Porque nos obrigam a pensar? A gente quer é dizer o que nos aprouver e ir à vida. O resto são coisas dos políticos e dos escritores.

   

 

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