O QUE NOS DIZEM…
“Francisco Sá Carneiro e, a propósito da singular posição
do PSD na votação da redução da TSU, afirmar que “a política sem risco é uma
chatice, sem ética é uma vergonha”. Ignoro se Sá Carneiro alguma vez
produziu um pensamento semelhante. Porém, e nestas particulares circunstâncias,
“se non è vero, è ben trovato”. E esse é o problema do PSD. Enredou-se
numa teia de factos alternativos num tempo da já insuportável ideia da
pós-verdade. Corre agora o risco de cair num mundo distópico, em que
a verdade de ontem pode ou não ser a verdade de hoje. Depende das oportunidades
e das conveniências.”
Valdemar
Cruz, Jornalista
In “Expresso Curto” de 26 de Janeiro de
2017-01-26
“Distopia ou antiutopia
é o pensamento, a filosofia ou o processo discursivo baseado numa ficção cujo
valor representa a antítese da utopia ou promove a vivência em uma
"utopia negativa"[1].
As distopias são geralmente caracterizadas pelo totalitarismo,
autoritarismo,
por opressivo controle da sociedade. Nelas, "caem as cortinas", e a
sociedade mostra-se corruptível; as normas criadas para o bem comum
mostram-se flexíveis. A tecnologia é usada como ferramenta de controle, seja do
Estado, seja de
instituições ou mesmo de corporações.
Uma distopia está intimamente conectada à sociedade atual. Um número
considerável de histórias de ficção científica que ocorrem num futuro próximo
do tipo das descritas como "cyberpunk",
usam padrões distópicos de uma companhia de alta
tecnologia dominando um mundo em que os governos nacionais se tornaram
fracos.”
In Wikipédia
Sou um leitor assíduo do jornal online “Expresso Curto”. Por algumas
vezes respingo notícias que leio e que considero interessantes para vos dar a
conhecer. Ao ler desta vez uma opinião de Valdemar Cruz sobre o que terá (ou
não) acontecido com a célebre TSU a certa altura dei com o parágrafo com que
inicio esta crónica de hoje.
Eu sei que a truncagem de um artigo pode torna-lo de difícil compreensão.
Mas penso que aqui não é o caso. Eu sou um leitor comum. E a expressão mundo distópico atrapalhou-me. Fui à
Wikipédia buscar elementos para não correr o risco de perceber mal a ideia. E
foi aqui que fui surpreendido com as razões que levam os populistas a ganhar
eleições. Utilizam as redes sociais onde por símbolos e abreviaturas são de
fácil compreensão. Não interessa se dizem a verdade. Mas são simples de ler e
não nos obrigam a buscas. É que o tempo é pouco para o muito (ou nada) que
temos de fazer. Mas queremos ser senhores do tempo. E que raio o tempo de
escola já lá vai. Porque nos obrigam a pensar? A gente quer é dizer o que nos
aprouver e ir à vida. O resto são coisas dos políticos e dos escritores.
Sem comentários:
Enviar um comentário