segunda-feira, janeiro 02, 2017


FELIZ ANO NOVO DE 2017

QUE TAL VIDA NOVA EM 2017?

Penso em mim e em ti. Em nós. Penso na minha terra. Penso no Leopoldo Eslibão e em tudo o que ele representa.

Penso que o meu ponto final se está aproximando. Pergunto-me se devo ir por aí pedindo perdão por todo o mal que terei feito a uns e outros. Julgo não. Os meus comportamentos foram sempre resultados de uma época e de vivências muito minhas.

“Sou eu e as minhas circunstâncias” e não tenho de pedir perdão por isso. Mais declaro aqui e agora em pleno uso das minhas faculdades mentais que não pretendo aderir a desculpas esfarrapadas para ganhar a paz eterna. Comungo diariamente as minhas dores e as minhas alegrias sem necessitar que deuses ou demónios me indiquem o caminho. Sou culpado de ser feliz e sou culpado pelos meus erros. Eu os carregarei em mim até que adormecendo de vez descanse deste viver que me resta.

Penso em ti minha querida mulher. Amor da minha vida. Sorriso sempre presente. Voz e mão sempre amigas a ajudarem-me mesmo quando eu merecia com um pau pela cabeça abaixo. Sou eu que escolheste para amar e sinto que não te mereço tanto como devias.

Penso em nós e na nossa menina. Na flor dos nossos olhos. Na nossa tempestade. No que representa para nós a sua presença espiritual a presidir à nossa vontade de te amar cada vez mais. Penso na prova maior de amor que te preparas para nos oferecer. Somos todos com o teu companheiro, os nossos familiares e amigos, tudo o que de mais lindo existe para contemplar no dia-a-dia da nossa vida que se esfuma entre os nossos dedos.

Penso na minha terra. Quanto eu desejaria mais para Peniche e o seu concelho. Será que existem lugares malditos. Será verdade que quando houve a distribuição de benesses, já que tínhamos ficado com um local paradisíaco, a população que recebemos para o preencher não pode ser de primeiríssima qualidade. Nestes 72 anos de vida que levo não me recordo de alguém que merecesse de forma destacada o epiteto de nosso líder incontestado. O que vemos é um conjunto de auto designados senhores de uma vontade férrea de se servirem o melhor que podem deste nosso maravilhoso torrão natal, não percebendo que tudo é efémero e não sobreviverá à sua vida terrena. E nem os senhores que se servem das marionetas que se apresentam como testas de ferro dos seus desejos,

Terão mais felicidade. Nem Paz. Os bens materiais estão e são tão fúteis e efémeras como eles próprios. Nada escapará à lei inexorável de Murphy.

Penso no meu amigo e colega Leopoldo e faço uma grande força para que ele recupere. Ele é um Homem bom que merece ser feliz. Na cama do Hospital ainda tem forças para perguntar como está a “coisa”. Não se lembra do nome mas sabe que lá está. Sendo que percebemos que a “coisa” é a Associação. A sua outra casa. O Leopoldo luta por melhorar. E vai melhorar. Está entregue a uma fantástica equipa de Fisioterapia do Hospital de Peniche.

Que o 2017 vos encha a todos as almas de Alegria.  

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