FELIZ ANO NOVO DE 2017
QUE TAL VIDA NOVA EM 2017?
Penso em
mim e em ti. Em nós. Penso na minha terra. Penso no Leopoldo Eslibão e em tudo
o que ele representa.
Penso que o
meu ponto final se está aproximando. Pergunto-me se devo ir por aí pedindo
perdão por todo o mal que terei feito a uns e outros. Julgo não. Os meus
comportamentos foram sempre resultados de uma época e de vivências muito
minhas.
“Sou eu e
as minhas circunstâncias” e não tenho de pedir perdão por isso. Mais declaro
aqui e agora em pleno uso das minhas faculdades mentais que não pretendo aderir
a desculpas esfarrapadas para ganhar a paz eterna. Comungo diariamente as
minhas dores e as minhas alegrias sem necessitar que deuses ou demónios me
indiquem o caminho. Sou culpado de ser feliz e sou culpado pelos meus erros. Eu
os carregarei em mim até que adormecendo de vez descanse deste viver que me
resta.
Penso em ti
minha querida mulher. Amor da minha vida. Sorriso sempre presente. Voz e mão
sempre amigas a ajudarem-me mesmo quando eu merecia com um pau pela cabeça
abaixo. Sou eu que escolheste para amar e sinto que não te mereço tanto como
devias.
Penso em
nós e na nossa menina. Na flor dos nossos olhos. Na nossa tempestade. No que
representa para nós a sua presença espiritual a presidir à nossa vontade de te
amar cada vez mais. Penso na prova maior de amor que te preparas para nos oferecer.
Somos todos com o teu companheiro, os nossos familiares e amigos, tudo o que de
mais lindo existe para contemplar no dia-a-dia da nossa vida que se esfuma
entre os nossos dedos.
Penso na
minha terra. Quanto eu desejaria mais para Peniche e o seu concelho. Será que
existem lugares malditos. Será verdade que quando houve a distribuição de
benesses, já que tínhamos ficado com um local paradisíaco, a população que
recebemos para o preencher não pode ser de primeiríssima qualidade. Nestes 72
anos de vida que levo não me recordo de alguém que merecesse de forma destacada
o epiteto de nosso líder incontestado. O que vemos é um conjunto de auto
designados senhores de uma vontade férrea de se servirem o melhor que podem
deste nosso maravilhoso torrão natal, não percebendo que tudo é efémero e não
sobreviverá à sua vida terrena. E nem os senhores que se servem das marionetas
que se apresentam como testas de ferro dos seus desejos,
Terão mais
felicidade. Nem Paz. Os bens materiais estão e são tão fúteis e efémeras como
eles próprios. Nada escapará à lei inexorável de Murphy.
Penso no
meu amigo e colega Leopoldo e faço uma grande força para que ele recupere. Ele
é um Homem bom que merece ser feliz. Na cama do Hospital ainda tem forças para
perguntar como está a “coisa”. Não se lembra do nome mas sabe que lá está.
Sendo que percebemos que a “coisa” é a Associação. A sua outra casa. O Leopoldo
luta por melhorar. E vai melhorar. Está entregue a uma fantástica equipa de
Fisioterapia do Hospital de Peniche.
Que o 2017
vos encha a todos as almas de Alegria.
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