E AGORA?
Há que
esperar. Mais um ano de idade cronológica passado. Não fora a vida dissoluta
que vivi nos últimos 25 anos do século passado e seria agora um velho todo
escorreito.
Assim com
tabaco, copos e noitadas consegui destruir um dos pulmões e o meu velho coração
que tem umas condutas de sangue cheias de entupimentos.
Com químicos
e muito sossego vou agora tentando sobreviver a estes males maiores.
Mas não
quero falar de doenças. Eu, da minha família mais próxima já sou o mais
velhinho, facto para mim nunca pensado como possível. E não quero recordar os
que partiram e estão à minha espera. Alguns que lamento profundamente não poder
falar com eles ao vivo e a cores. Claro que estão todos representados no meu
escritório. E olho para eles e eles não me faltam. E converso com eles.
Mas deixemo-nos
de lamúrias. Falemos de coisas que me animam. Recebi uma prenda de mim para mim
que foi o livro póstumo do Pedro Rolo Duarte, “NÃO RESPIRE”. Uma das
minhas cunhadas ofereceu-me do António Damásio, “A ESTRANHA ORDEM DAS COISAS”.
Outra cunhada ofereceu-me “O FIEL DEFUNTO” de Germano Almeida.
O sogro da minha filha ofereceu-me um Best of de Fados com algumas das vozes
que mais admiro. Digam-me agora se não tenho razões para estar feliz. Nos
próximos 3 meses tenho obrigatoriamente de estar vivo para poder ler estes livros
enquanto ouço as guitarras que suportam as vozes que me encantam. Tenho
pois pelo menos que viver mais alguns meses.
E vou estar
atento ao que vai acontecendo enquanto o insano do Trump não destrói o planeta.
Temos de dar tempo ao BdC para acabar com o Sporting (o meu pai que me perdoe).
Temos de dar tempo ao Henrique para nos dar as coisas simples de que
necessitamos para sermos felizes aqui no Concelho de Peniche. Temos de dar
tempo ao Marcelo para acabar de tirar selfies. Ainda faltam uns quantos milhões
de portugueses para aparecerem em fotos presidenciais.
E minha
gente, ATÉ DAQUI A UM ANO!
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