segunda-feira, junho 25, 2018


LEIO, ESCUTO E OUÇO… E NÃO POSSO ACREDITAR

Afinal qual é o fim último da nobre profissão de professor?

O estabelecimento de uma relação com a sociedade escolar feita de confiança e de troca de conhecimentos que assenta no pressuposto de que no fim uns e outros irão ser avaliados pelo crescimento no saber e no saber estar enunciados nos objectivos de uma caminhada que só terminará (se é que alguma vez termina) quando o aluno ingressa na vida laboral.

O professor assume uma responsabilidade perante os alunos e quem lhe paga (que somos todos nós os cidadãos) que é a de promover esse crescimento e no fim avaliá-lo. O professor sabe ao que veio e no que está metido. Nenhuma profissão é definitiva. A de professor também não o é. Se o professor considera que o seu patrão não é honesto, saia do emprego, procure outro e mova um processo no tribunal de trabalho à entidade empregadora. Não pode é comprometer-se com o desenvolvimento de uma actividade e a pretexto de que foi maltratado (?) ser desonesto com os cidadãos que com os seus impostos lhe pagam o seu vencimento. No inicio de cada ano lectivo os professores sabem o que está para trás. E mesmo assim comprometeram-se com uma actividade em que crianças e jovens indefesas perante a sua diatribe acabam por ser as únicas vítimas.
Acima de tudo os professores estabeleceram um contrato com os seus alunos. Estes Comprometeram-se a procurar confiar nos primeiros e a tudo fazer para terem êxitos na tarefa nobre de quem os ajudou a conhecer mais e melhor o mundo global em que vivem. Os alunos cumpriram. E os professores? Quem pode confiar neles no futuro? 
Escudam-se os professores atrás de sindicatos que exercem mais uma função político/partidária que uma função didática. Os sindicatos de professores (ao que me dizem 18) são um espelho da cupidez dos seus dirigentes ao serviço não sabemos de quê. Não é para admirar se alguém que há mais de 30 anos que não lecciona representa este nobre magistério?

Eu aconselharia os cidadãos deste país a lerem um brilhante artigo sobre este assunto, desenvolvido por Miguel Sousa Tavares no “Expresso” do último sábado.

 

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