VERA GUEDES
DE SOUSA E AS SUAS POSIÇÕES FACE À MORTE ASSISTIDA POR DOENÇA IRREVERSÍVEL E
TOTALMENTE INCAPACITANTE
“Como é evidente ninguém associa a eutanásia à ‘abertura da
época de caça aos velhinhos’, como ouvi há dias na televisão. Não sendo eu a
autora do cartaz, sei que o mesmo pretendeu sensibilizar as pessoas para a
vulnerabilidade dos idosos caso a eutanásia venha a ser legalizada e promovida
pelo Estado. A sua condição mais frágil e débil, possíveis fracos recursos
económicos e falta de acesso a cuidados paliativos torna-las-á mais suscetíveis
para pedir a morte caso esta opção seja legitimada pela Sociedade e facultada
pelos serviços do Estado. Este é o verdadeiro significado do cartaz”, escreve,
defendendo-se e afirmando que pode haver quem sobre o tema não esteja
informado, mas que ela não é uma dessas pessoas.Vera revela também que decidiu
estudar Medicina para salvar vidas e cuidar dos outros e nunca o contrário. “É
natural que me sinta triste ao deparar-me com a possibilidade de que a
profissão que sonho vir a exercer possa ter no futuro uma função acrescida: o
poder legal para matar”.
Depois de recorrer ao Código Deontológico dos médicos para
sustentar o seu ponto de que “antecipar a morte de um paciente” “não é
medicina”, a estudante faz sobressair que “querem fazer passar eutanásia
por sinónimo de ‘morte medicamente assistida’, como se esta não fosse já uma
prática atual e dever de todos os médicos – o de acompanhar o doente até ao fim
da sua vida, prestando-lhe cuidado e atendimento”. Na sua opinião, em
contraste, é a eutanásia que torna o médico o veículo da “precipitação da morte
do doente”.
Perante as acusações de que o não à eutanásia é sinónimo de
indiferença ao sofrimento, Vera, diz que é precisamente o contrário. “Uma
pessoa que está a sofrer merece receber todos os cuidados de saúde a que tem
direito, para que sofra o mínimo possível. Infelizmente isto não acontece em
Portugal. Neste momento, mais de 70 mil pessoas não têm acesso a Cuidados
Paliativos. Esta sim devia ser a luta dos portugueses e dos seus representantes
políticos. Como explicar a pressa na criação de uma lei que permitirá que pessoas
sejam assistidas para morrer, quando não damos às mesmas os cuidados a que elas
têm direito?” Texto e foto recolhidas no MSN
Esta jovem
é estudante de medicina. E manifesta estas opiniões que eu nem sequer vou
contestar. São as opiniões da jovem.
Se as
transcrevo é porque acho importante verificar daqui a 30 ou 40 anos que médica
será ela.
- Das que
estão no serviço de urgência e vão tomar café deixando atrás de si um inúmero
grupo de utentes aguardando horas sem fim para serem atendidos?
- Das que
recebem os utentes receitam-lhes uma aspirina e os mandam para casa, por se
tratar de uma vulgar dor de cabeça sem outros exames que afinal se irão revelar
fundamentais?
- Das que
prestam serviço no SNS onde não têm tempo para os utentes e ao mesmo tempo são
carinhosas e disponíveis nas clinicas privadas onde também exercem?
A médica
que você for é que determinará a razão do que hoje defende de forma tão
espúria. Eu sou do tempo em que os comunistas comiam criancinhas ao pequeno-almoço.
Afinal vemos hoje países europeus pertencentes à UE a condenarem crianças e
velhos a morrerem no mar em travessias perigosas que os afastem das guerras e
da fome, e eu não sei o que você pensa disso. Afinal eu vejo filhos a colocarem
pais em “asilos” onde acabam por morrer afastados de tudo o que lhes é querido e
eu não sei o que a futura médica que você será faz para defender os velhinhos.
Pense no
horror da mentira que propalou Vera. Pense nos milhares de pessoas que têm
dificuldade em interpretar o seu gesto. Pense que aquilo a que deu cobertura já
uma desonestidade com que uma futura não deve pactuar. Defenda os seus pontos
de vista manifestando-se mas sem nunca perder a dignidade e a honra como você
agora acusa os que têm outros pontos de vista diferentes do seu.
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