quarta-feira, junho 06, 2018


VERA GUEDES DE SOUSA E AS SUAS POSIÇÕES FACE À MORTE ASSISTIDA POR DOENÇA IRREVERSÍVEL E TOTALMENTE INCAPACITANTE
“Como é evidente ninguém associa a eutanásia à ‘abertura da época de caça aos velhinhos’, como ouvi há dias na televisão. Não sendo eu a autora do cartaz, sei que o mesmo pretendeu sensibilizar as pessoas para a vulnerabilidade dos idosos caso a eutanásia venha a ser legalizada e promovida pelo Estado. A sua condição mais frágil e débil, possíveis fracos recursos económicos e falta de acesso a cuidados paliativos torna-las-á mais suscetíveis para pedir a morte caso esta opção seja legitimada pela Sociedade e facultada pelos serviços do Estado. Este é o verdadeiro significado do cartaz”, escreve, defendendo-se e afirmando que pode haver quem sobre o tema não esteja informado, mas que ela não é uma dessas pessoas.Vera revela também que decidiu estudar Medicina para salvar vidas e cuidar dos outros e nunca o contrário. “É natural que me sinta triste ao deparar-me com a possibilidade de que a profissão que sonho vir a exercer possa ter no futuro uma função acrescida: o poder legal para matar”.
Depois de recorrer ao Código Deontológico dos médicos para sustentar o seu ponto de que “antecipar a morte de um paciente” “não é medicina”, a estudante faz sobressair que “querem fazer passar eutanásia por sinónimo de ‘morte medicamente assistida’, como se esta não fosse já uma prática atual e dever de todos os médicos – o de acompanhar o doente até ao fim da sua vida, prestando-lhe cuidado e atendimento”. Na sua opinião, em contraste, é a eutanásia que torna o médico o veículo da “precipitação da morte do doente”. 
Perante as acusações de que o não à eutanásia é sinónimo de indiferença ao sofrimento, Vera, diz que é precisamente o contrário. “Uma pessoa que está a sofrer merece receber todos os cuidados de saúde a que tem direito, para que sofra o mínimo possível. Infelizmente isto não acontece em Portugal. Neste momento, mais de 70 mil pessoas não têm acesso a Cuidados Paliativos. Esta sim devia ser a luta dos portugueses e dos seus representantes políticos. Como explicar a pressa na criação de uma lei que permitirá que pessoas sejam assistidas para morrer, quando não damos às mesmas os cuidados a que elas têm direito?” Texto e foto recolhidas no MSN
Esta jovem é estudante de medicina. E manifesta estas opiniões que eu nem sequer vou contestar. São as opiniões da jovem.
Se as transcrevo é porque acho importante verificar daqui a 30 ou 40 anos que médica será ela.
- Das que estão no serviço de urgência e vão tomar café deixando atrás de si um inúmero grupo de utentes aguardando horas sem fim para serem atendidos?
- Das que recebem os utentes receitam-lhes uma aspirina e os mandam para casa, por se tratar de uma vulgar dor de cabeça sem outros exames que afinal se irão revelar fundamentais?
- Das que prestam serviço no SNS onde não têm tempo para os utentes e ao mesmo tempo são carinhosas e disponíveis nas clinicas privadas onde também exercem?
A médica que você for é que determinará a razão do que hoje defende de forma tão espúria. Eu sou do tempo em que os comunistas comiam criancinhas ao pequeno-almoço. Afinal vemos hoje países europeus pertencentes à UE a condenarem crianças e velhos a morrerem no mar em travessias perigosas que os afastem das guerras e da fome, e eu não sei o que você pensa disso. Afinal eu vejo filhos a colocarem pais em “asilos” onde acabam por morrer afastados de tudo o que lhes é querido e eu não sei o que a futura médica que você será faz para defender os velhinhos.
Pense no horror da mentira que propalou Vera. Pense nos milhares de pessoas que têm dificuldade em interpretar o seu gesto. Pense que aquilo a que deu cobertura já uma desonestidade com que uma futura não deve pactuar. Defenda os seus pontos de vista manifestando-se mas sem nunca perder a dignidade e a honra como você agora acusa os que têm outros pontos de vista diferentes do seu.

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