segunda-feira, agosto 20, 2018


FELISBELA LOPES

Felisbela Lopes é Professora Auxiliar no Departamento de Ciências da Comunicação do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho. Licenciou-se em Português-Francês e exerceu funções como jornalista, leccionando actualmente na Universidade do Minho disciplinas nas áreas do Jornalismo e da Informação Televisiva. É investigadora do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS). Integra vários projectos de investigação, nomeadamente o “Mediascópio”, que analisa as tendências dos media em Portugal, e “Os 50 anos do Telejornal”, que coordena em parceria com a RTP. É ainda Investigadora Responsável por dois projectos que estão em curso: “Jornalismo televisivo e cidadania: os desafios da esfera pública digital” e “A doença em notícia”. Entre os seus trabalhos podem encontrar-se os livros “A TV do Real” (2008), “A TV das Elites” (2007), “A TV do Futebol” (coordenação; 2006) e “O Telejornal e o Serviço Público” (1999).

Aos domingos, no Jornal da manhã da RTP, FL lê a imprensa escrita em Portugal e analisa-a. Faz isso de forma exemplar em minha opinião. Alerta-nos para o tipo de notícias que são dadas, como são dadas e o tipo de informação que veiculam. Isto é se surgem de forma directa ou indirecta. Dito de outra maneira se são por informação directa colhida junto do objecto da notícia ou se surgem por interpostas pessoas, com todas as nuances que isso comporta.

FL ensina-nos a ler notícias. E sabendo nós como a imprensa tantas vezes contribui para corromper ou adulterar notícias, é um processo salutar dizer-nos que a leitura das notícias exige cuidado e atenção. Trata-se de uma rubrica que comporta o tipo de serviço público que cumpre a uma televisão paga com o dinheiro de todos nós.

Infelizmente a pivot nem sempre entende assim. E muitas vezes acelera esta leitura de FL como se a seguir o que vamos ouvir fosse mais importante. E quantas vezes o que vem a seguir é uma xaropada sem qualquer interesse pedagógico… 

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