O FACEBOOK VERSUS INQUISIÇÃO
Para os que se interessaram pela história de Portugal e
da Igreja em geral, existe um período de tempo particularmente interessante e
perturbador. Refiro-me ao período da Inquisição. Ler o trabalho de Alexandre
Herculano sobre este assunto é algo que nunca mais nos sai da memória.
Por isso é
fácil compreender as motivações e métodos das policias políticas (e sim estou a
recordar-me da PIDE/DGS), e agora a utilização bastarda das redes sociais por
gentinha sem qualquer formação cívica ou honradez pessoal.
Alguns (os
bufos) utilizam o anonimato para lançarem as suas farpas e falsas verdades, ou
as verdades tiradas do contexto, para despejarem ódios ou desejos perversos.
Do amor ao
ódio vai um passinho curto. É a diferença entre obter ou não o que se pretende.
Na morados (as) expõem a nudez das suas relações perante a opinião pública. Na
escola jovens praticam a mais grave das agressões (psicológicas) com o bulling nas redes sociais. A política é
outra das vertentes da perseguição promovida nos facebooks e quejandos. Depois
surgem os crimes passionais que são incompreensíveis para quem está longe de
imaginar a perversidade destes escritos.
Eu, há
muito que decidi não participar neste clube de gente frustrada. Claro que
existem pessoas boas e de alto sentido cívico que utilizam estes meios
proporcionados pelas novas tecnologias. Mas começam a ficar afogados em tanta
nojeira. E por vezes passa uma ou outra “informação”
aparentemente credível. Só que já contém o vírus do ódio e da nojeira
disfarçado e é difícil perceber que se está a ser veículo de transmissão
daquilo que se designa vulgarmente por boatos inconfessáveis.
Grave é que ninguém tem de provar nada. Basta que o diga nas redes sociais para se tornar uma verdade absoluta.
Que fazer?
Cada um encontrará as suas respostas próprias. Eu aprendi a não confiar ou em
quem não conheço ou em quem se mascara com as cores do arco iris.
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