MÉDICOS PORCOS, DOENTES INFECTADOS
No dia 13 do corrente mês de Agosto, o Jornal de Notícias noticiava que o número de infecções hospitalares no Hospital de S. João no Porto, tinha baixado de 2005 para este ano de 19% para 12,5%, colocando junto a cada cama dispensadores de solução alcoólica desinfectante e formando clínicos e corpo de enfermagem e auxiliares para a limpeza das mãos antes do contacto com cada doente.Quando o Ministro da Saúde afirmou “preto e no branco” muitas das infecções nos hospitais existiam porque “há muitas mãos que não são lavadas”, isto pareceu à Ordem dos Médicos “curto e grosso”. Afinal, parece que não é assim tão curto nem tão grosso.
O que me parece estranho é que seja necessário dizer a um técnico de saúde (médico ou não), que deve lavar (desinfectar) as mãos entre dois pacientes.O que me parece estranho é irmos a uma consulta (particular) de um médico de doenças de pele, e o consultório não tem lavabos nem aparelho de desinfecção. E não é por isso que não pagamos entre 50 a 150 euros por consulta.
O que me parece estranho é a ASAE não inspeccionar os lugares onde se realizam actos médicos, para fazerem a verificação das condições higieno-sanitárias em que se realizam.O que me parece estranho é a Ordem dos Médicos e os Sindicatos dos trabalhadores da Saúde não determinarem que o exercício de funções dessa natureza sem os cuidados de Higiene minimamente exigíveis de forma reiterada, conduzirá à perda da carteira profissional.
O que me parece estranho é que seja pensável que em pleno século XXI, algum trabalhador da Saúde pode executar um qualquer acto profissional sem lavar as mãos primeiro.
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