domingo, janeiro 13, 2008

CRIME
Se há dias em que me custa escrever e publicar, hoje é um deles. Nada me fazia crer que hoje iria fazê-lo. O que vi é demasiado grave para calar. Levanta-se em mim um grito de indignação e revolta. Depois, o que aconteceu foi feito num sábado à tarde. Isso é revelador de que as pessoas que o fizeram, tinham consciência da gravidade daquilo que iria fazer.O que me indigna mais é que tudo foi feito com a presença de inúmeras pessoas e nem uma se tenha dado ao trabalho de questionar o que aconteceu. Peniche vive na impunidade perante ocorrências que as pessoas sabem ser criminosas, e na passividade de quem assiste que é incapaz de travar os atentados que se fazem ao bem comum.
Na Avenida das Escolas, no espaço de jardim do prédio que se vê na foto, erguia-se uma palmeira com mais de 8 metros de altura.Alguém contratou alguém para num sábado à tarde cortar aquela árvore frondosa e maravilhosa. Do que lá existia só resta agora um coto desforme e sofredor. Peniche é mais uma vez vitima de si própria e do estado aculturado a que chegámos. Onde estão os ambientalistas?
Onde estão os professores e professoras que residem ali à volta?
Onde estão os técnicos da Câmara Municipal que por ali residem ou passam?
Que esperança para esta terra? Eu sei que vem aí o Carnaval. Eu sei que as cégadas do aeroporto e dos “Prós e Contras” são mais importantes. Eu sei que nada disto merece a pena. Eu sei que este Domingo merecia ser mais alegre, apesar da chuva e do vento e do frio.

3 comentários:

Pat disse...

Boa tarde.
Tenho 24 anos e ontem visitei Peniche pela 1a vez, fui conquistada de imediato e, por isso, hoje ando pela net a pesquisar.Encontrei o seu site, espero que não se importe que lhe coloque uma questão...disseram-me que as cruzes de pedra (como a cruz dos remédios) que se encontram por peniche têm uma história, mas ninguém me sabe dizer qual..se souber informar-me ou pelo menos indicar-me um sitio onde possa obter mais informação sobre o assunto agradeço.

patricia
www.essametamorfoseambulante.blogspot.com

magnoliachin@hotmail.com

Unknown disse...

Viva!
Leio com regularidade os posts do José Maria com os quais por vezes concordo totalmente, outras assim assim, e noutras discordo na totalidade. Bom, isso resulta da livre opinião...A possibilidade que é proporcionada de fazer comentários,traz consigo implícita a ideia de se que aceitam diferentes formas de observar a mesma questão ou, melhor ainda, se aceitam comentários a opiniões anteriormente formuladas.Tudo isto para quê?
Para colocar as seguintes perguntas:
1 - E se as raízes estão a partir o prédio?
2 - E se as raízes estão a partir as paredes?
3 - E se por essas razões,ou outras semelhantes, estiverem a ocorrer infiltrações que provoquem humidade e consequências que daí resultam?
4 - E se a ramagem estiver literalmente a entrar pela janelas das habitações das pessoas que ali moram?
5 - E, por exemplo, se por acção do vento, a ramagem bate nas persianas ou estores e o ruído provocado impede o descanso de quem ali reside?
6 - E se tudo isto acontecesse no seu prédio e precisamente no seu apartamento?
Prega como Frei Tomaz!...
Um abraço!

Ché disse...

A razão foi que, as folhas da palmeira estavam a entrar para a varanda da minha avó, e deixavam cair aquelas bolinhas da árvore.

Nenhum de nós gostou muito de ver aquela árvore ser destruída...mas se estava a incomodar, era o melhor a fazer.

Ass: Rafael'z (vera rafael)