O ANO DO RATO
Quando 2008 ainda se vislumbrava só no horizonte e já em minha casa se preparava a festa. Estávamos no Ano do Porco (figura que representa o nascimento da minha filha) e íamos entrar no Ano do Rato, signo chinês da minha mulher. È claro que tal como ofereci à minha Maria o swatch do porquinho, pedi ao meu cunhado para mandar vir o do Rato, para para oferecer à Anita.
Bem disposto estava eu com os signos chineses da minha família, eis senão quando apanho um susto de morte. Como sabem nas últimas décadas temos sido particularmente beneficiados no mundo contemporâneo, com a sucessão de chefes da Igreja que se têm notabilizado na defesa do Homem como figura central da Sociedade. Até que aparece este Ratzinger que a pouco e pouco, pé ante pé, tem vindo a colocar em causa a luta pela Justiça Social. É um indício aqui, uma missa que passa a ser em latim mais ali. Agora surgem mais dois indícios perturbadores. O ratazana passou a celebrar a missa de costas para o povo de Deus. Se calhar para não se distrair com as pessoas. E a última, a sua afirmação de que “na época de Galileo, a Igreja foi mais fiel à razão que Galileo”.Foto "El País"
Eu lembro-me de ele ter posto em causa a humanidade do povo árabe. Agora vem esta reposição das medidas da Inquisição contra Galileo. O ratzinger ou ratazana, ou lá o que ele é, vai por maus caminhos. Nem ser papa, o livra de um enxovalho não tarda. E para uma Igreja que nos ofereceu João Paulo II e João XXIII, parece que as coisas não estão a ser particularmente felizes neste Ano do Rato. Deus nos valha.
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