SOMOS TODOS UMA FAMÍLIA
Um amigo meu, novato em coisas da política mas cheio de boas intenções, foi apanhado no turbilhão das diatribes dos “pés-de-chinelo” que aspiram a ter a importância a que julgam ter direito à custa do bem público.
Uns meses se passaram neste junta-sim, junta-não, até que os mandantes decidiram que junta-sim e mandaram às urtigas os votos populares.
O meu amigo perplexo aceitou as decisões de “quem mandava” (?) e abdicou do que lhe era intrinsecamente natural: as coisas só são importantes quando respeitam a dignidade individual. E lá foi para a reunião decisória onde foram apurados os ingredientes necessários ao cozinhado político.
Apoiou o que sabia ter sido decidido pelos “patrões” até que chegou a uma altura em que já não percebeu nada. A Presidente eleito da Mesa apresentou como escolha sua para a Mesa de Assembleia de Freguesia mais dois nomes de pessoas da sua cor política, porque seria com essas que teria formado equipa e era com essas que quereria trabalhar. Quer dizer, pensava o meu amigo então para a junta tem de se ser abrangente, para a Mesa já se pode ter uma visão fechada… Mas que grande treta!
E mais estupefacto ficou quando no fim ouviu a Presidente da Mesa dizer que agora teriam de dar as mãos e trabalhar todos como uma família a bem da sua Junta. Pensou ele: “- Em que grande palhaçada me meti eu. Se fizer a vontade dos outros sou da família. Senão sou um pária”.
Confusos? Ainda vão ver coisas mais estranhas.
1 comentário:
Olhe que não, snr. Zé. Olhe que não!
Tanto a freguesia de Conceição, como a de S.Pedro, têm as Mesas de Assembleia BICOLORES, tal como os respectivos executivos das Juntas.
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