ANOPHELES – O MOSQUITO
“O mosquito da malária só atinge número suficiente de indivíduos para a transmissão da doença em regiões onde as temperaturas médias sejam cerca de 20-30 °C, e humidade alta. Só os mosquitos fêmeas picam o homem e alimentam-se de sangue. Os machos vivem de seivas de plantas. As larvas se desenvolvem em águas paradas, e a prevalência máxima ocorre durante as estações com chuva abundante.
A malária é transmitida pela picada das fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles. A transmissão geralmente ocorre em regiões rurais e semi-rurais, mas pode ocorrer em áreas urbanas, principalmente em periferias.” Extraído da WikipédiaUm dia destes em conversa com um amigo vieram a “talhe de foice” passadas sobre a Guiné-Bissau. E era inevitável falar do nosso inimigo comum: Sua Excelência El Mosquito.
Quer quando eu estive como cooperante, quer quando esse meu amigo lá esteve por razões profissionais também 20 anos depois de mim, não havia para nós outro inimigo mais feroz que o Anopheles.
Também eu fui uma vítima da sua voraz saciedade e só muitos anos depois deixei de sentir as suas consequências.
A Guiné-Bissau hoje é povoada por inimigos bem mais ferozes e temíveis que o Senhor Mosquito, o Colonialismo ou o Neocolonialismo.
A luta armada contra o despotismo dos invasores coloniais foi uma brincadeira de crianças quando comparada com o drama em que vive aquela ex-colónia portuguesa.
Amílcar Cabral e todo o seu humanismo e sentido nacionalista mereciam bem mais do que aquilo em que se converteu aquele pedaço de terra que a pouco e pouco está a deixar de ser nação.
Paraíso da droga, estado ingovernável, têm sido os epítetos que hoje se ouvem quando se fala da Guiné-Bissau.
As saudades que tenho do mosquito.
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