ESCOLAS EM TEMPO DE CRISE/ESCOLAS EM CRISE
O “Expresso/SIC” do passado sábado publicou o ranking das escolas em 2009/2010. Também o “DN” fez o mesmo. Como é natural fui à procura da Escola Secundária de Peniche. No primeiro encontrei-a em 222º lugar, com uma média de 10,44 e para 465 provas realizadas. Em relação ao ano anterior em que ficou em 93º lugar, desceu 129 lugares.
No segundo ranking aparece em 254º lugar, não havendo termo de comparação com anos anteriores. Num e noutro caso os alunos descem as classificações obtidas entre resultados internos da escola e os exames nacionais. No primeiro ranking de 13,3 para 10,44 e no 2º caso de 12,30 para 10,18. A discrepância de resultados é que os pressupostos de análise não são exactamente os mesmos num e noutro caso.
O importante aqui é encontrar as razões porque os resultados não são melhores. Porque é que uma escola na orla litoral e na periferia de Lisboa não encontra motivações e capacidades para gerar outro tipo de competências.
Este é um assunto que mereceria uma análise mais aprofundada quer pelo Conselho Local de Educação, quer pela Assembleia Municipal de Peniche. Se calhar não é por acaso que somos um concelho de grande indigência cultural, em que o melhor de nós se confunde na perfeição com a análise que Eça faz do estranho mundo português.
Ou mais vale deixar tudo como está porque se os jovens de Peniche passarem a ter consciência do que podem, os poderes públicos instituídos podem ficar mal na fotografia.
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