sábado, junho 01, 2013

1 DE JUNHO DE 2013

Foi bom ter vivido o tempo que vivi. Apesar de todas as perturbações a que assisti e aquelas em que participei. Primeiro senti-me atingido como que se fosse um relâmpago pela personalidade ímpar do meu pai. Amo-o sempre como se estivesse ao meu lado (e está). Quando morreu o seu espírito reincarnou na minha filha que estava em gestação na barriga da minha mulher. E ele tornou-se ela, e ela nele, com as suas capacidades, com a sua tenacidade, com o seu método e fortaleza de espírito. O meu pai e a minha filha são as duas figuras centrais da minha vida.

Nesse círculo fechado existe a figura central da minha mulher, a Anita, sempre carinhosa, sempre disponível, sempre com um sorriso de esperança no seu olhar. A minha mulher esculpiu-me qual pedra em bruto e deu-me o sentido de família que eu não tinha.

Amo os meus amigos. E eles ajudaram-me a ser pessoa que hoje sou. O Fdes, o Carolino, o José Manuel dos Santos, o Victor Mamede, o Tónha. São eles que desenharam a pincel aquilo que vale a pena reter das relações entre as pessoas. Amei a minha profissão e senti-me sempre feliz por a exercer. A minha profissão nunca foi um fardo, foi sempre um prazer. Adoro os meus livros. E os meus discos. E os jornais que leio folha a folha.

Adoro a loja da D. Leonor e o talho do meu primo Francisco Jorge. Sou amigo do Licas e recordo os que partiram e me deixaram marcas indeléveis na minha formação. A mo a ideia de que não tive a oportunidade de amar mais o meu filho, Como ele mereceria se tivesse tido a felicidade de construir pedra a pedra uma vida feliz.

Amo ouvir a Amália e o Fausto. Berlioz e Sabina. Verdi e Chopin tocado por Maria João Pires.

Foi bom chegar aqui.

1 comentário:

magda disse...

Logo de manhã lembrei-me de ti e do dia dos teus anos, por isso vim aqui cedo para te dar os parabéns e desejar as maiores alegrias pela vida fora. FELICIDADES. Beijinhos meus e da minha mãe.