HENRIQUE
RAPOSO
Este é o
nome de um jornalista que escreve com regularidade crónicas no jornal diário
online do “Expresso”. Não gosto particularmente dele. É dos articulistas de que
dispenso a leitura. Acho-o demasiado próximo de uma direita civilizada e que anda
por aí de pé-ante-pé para de forma subtil se infiltrar. Não gosto do que
escreve. Acho no entanto que está muito próximo da actual linha editorial do
jornal em que trabalha.
Isto quer
dizer que já gostei mais do “expresso” que hoje gosto. Sic, Expresso, Visão,
tornaram-se todos farinha do mesmo saco. E muito sinceramente estou farto.
Com 71 anos
de idade e leitor desde o 1º dia do Expresso (guardo o 1º nº religiosamente) já
tenho direito a manifestar a minha opinião.
E quero
afirmar convictamente que sendo de esquerda, existiu sempre uma leitura do
Expresso que eu nunca dispensei. Mas está a tornar-se “sacana” demais para o
meu gosto. Não sei se é a vontade que o senhor RC tem de mostrar que não é
incondicional do “mano”, mas a isenção tende sempre a manifestar-se em plano
inclinado. E o lado para que está a pender não me agrada.
Voltemos a
HR. Este post vem a propósito de um livro publicado por ele recentemente com o título
de “Alentejo Prometido”, que parece que tem suscitado grande polémica pela
forma crua como descreve o “seu” Alentejo.
Num tempo
em que o “botas” é publicado, tem estátua e recebe o título do português mais
importante de sempre.
Num tempo
em que as televisões emitem cenas de pornografia pura às horas mais inusitadas.
Num tempo
em que ministros, banqueiros, presidentes de instituições de renome são
conhecidos por serem corruptos e vigarizarem cidadãos incautos.
Num tempo
em que tudo isto acontece é estranho que exista alguém que se sinta ofendido
com uma linguagem mais crua (na visão de alguém) para descrever as suas (dele)
memórias.
HR pode não
ser o meu jornalista escolhido, mas é de certeza um jornalista que defendo em
absoluto. Com direito a ter opinião e a publicá-la. Ainda que depois eu não
goste dela. Mas tenho um remédio excelente. Vai para o caixote do lixo. Que é o
que eu faço com os telejornais da SIC. Estão proibidos em minha casa.
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