terça-feira, maio 31, 2016


DIA DOS IRMÃOS

Tinha um irmão e morreu. Extemporaneamente foi levado com 62 anos apenas. E já lá vão 13 anos. O tempo é demolidor.

Portanto teria ficado sem irmãos para festejar o dia de hoje, se não tivesse tido a felicidade de fazer crescer a minha amizade com algumas das pessoas que se cruzaram comigo ao longo da vida, de uma forma tal que os meus sentimentos por essas pessoas se terem confundido desde sempre com a relação que tinha com o meu irmão de sangue.

Aliás, penso que ser o mesmo sangue (?) que nos corre nas veias nunca determinou em mim maior proximidade.

A minha relação com o Victor Mamede e com o Álvaro Carolino nunca precisou de sangue para ser do tamanho das nossas vidas. Amei-os com a mesma singularidade com que amei o outro filho dos meus pais. Falo-vos de mais 2 que partiram na voragem dos tempos.

Resta-me o Tonha e o Calhas. Sobram estes dois para eu sentir que o meu porto de abrigo continua a ter amarras a que posso recorrer. No dia dos irmãos celebro os que já não posso ver mais (senão no meu coração) e os 2 que estão sempre prontos para mim.

Para estes vai neste dia o abraço físico que ainda posso dar. Para todos uma lágrima de alegria por ter sempre podido contar com eles.

  

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