quinta-feira, janeiro 04, 2018


A ÁRVORE
Os primeiros indícios são promissores. A árvore parece ter conseguido estender as raízes para a terra promissora e ter encontrado o húmus que a alimenta. As pessoas saíram à rua como há muito não se via e a felicidade nos olhos das crianças não engana. Sente-se mais trabalho e menos fogo-de-vista. Mais empenho e menos publicidade. Mais cordialidade e menos distância.

Ainda não é tempo de vê-la frutificar. È tempo de arrumar a casa e dar merecido reconhecimento aos que trabalham. É tempo de ajustes. Quem se instalou comodamente no sofá vai ter que merecê-lo.

Quem do mar fez terreno fértil. Quem do trabalho visível fez a seiva. Quem de ser solidário construiu os ramos que se estendem. Quem da Utopia fez o caminho. Esse quem merece estar onde está e tentar fazer aquilo a que aspiramos. Uma terra, um concelho merecem ter esperança. Sem que sirvam objectivos individuais, mas antes o bem-estar comum.

Deixem-me eu também regar um pouco a árvore que me orgulho de ter ajudado a fixar à terra.

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