segunda-feira, janeiro 29, 2018


MAFALDA A CONTESTATÁRIA
(É proibido proibir)

Todos fomos invadidos por uma controvérsia com um programa recente que punha em causa crianças e pais, Uns por serem levados “de 30 raios” e outros por serem incapazes de lidar com isso. O que acontece é que as televisões generalistas que temos já não satisfeitas em expor o que de pior existe entre nós adultos em programas que 234 horas por dia exibem publicamente as nossas atitudes numa casa fechada em que o mérito é ganhar dinheiro se cairmos no goto dos predadores que deleitam o seu olhar nessas gentes, agora exibem-se crianças e pais num conflito de incapacidade dos últimos em serem pais capazes de lidarem com os seus filhos.

O mais grave de tudo isto é que as TVs generalistas o fazem sem qualquer pudor, em nome de uma hipotética liberdade de imprensa e do direito à livre expressão, mas em que o objectivo é conseguir o maior número de benefícios monetários possível com  a publicidade que angariam, e com a maior das hipocrisias de vez em quando surjam a anunciar-se como os paladinos do serviço público.

Num destes últimos dias a Drª. Maria Lurdes Rodrigues escreve um artigo notável sobre este tema em que no fim faz uma breve referência à Mafalda, mais conhecida por Mafalda a Contestatária onde a minha geração se deliciava com as suas histórias e a dos seus amigos. No tempo do Antigo Regime de Salazar & Compª Ldª, estes livrinhos de banda desenhada do Quino editados pela D. Quixote, eram um exercício de liberdade para os nossos espíritos. Quantos de nós não aprendemos nesses livrinhos a sermos mais tolerantes e mais amigos da Liberdade?

Porque a maioria dos que têm menos de 35 anos já não se recordam quem era a Mafalda e as suas idiossincrasias, fui à minha biblioteca onde tenho praticamente todos os seus livrinhos e respinguei algumas tiras para vos dar uma ideia do que líamos quando não existiam telemóveis.       

 




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