quarta-feira, março 28, 2007

A MINHA RUA
Todas as terras têm o seu “centro”. Peniche (cidade) não é excepção. A Praça Jacob Rodrigues Pereira ao longo dos anos tem sido o seu “centro” político-social. A evolução desta Praça é revelador dos apetites, sonhos e gostos dos seus maiores responsáveis desde há dois séculos.
Vou apresentar-vos um conjunto de algumas fotografias de aspectos deste lugar da cidade de Peniche. À parte uma ou outra pequena nota, deixo as imagens falarem por si.
Quase apetece abrir aqui um concurso sobre qual a Praça Jacob que hoje mais gostamos.

Séc XIX
A casa que se vê com a porta aberta, é onde hoje se situa a Loja "Teixeira". Na altura era uma latoaria da família Ferreira da Costa.A porta aberta é onde hoje se situa o Clube Cisne. Ao fundo a placa é onde se situa a Farmácia Proença e ao lado, onde era o "corrieiro", vê-se um recipiente para recolha do correio. Mais ao fundo o início da hoje Rua Marquês de Pombal.

SÉC XX


A cena é uma procissão mesmo no início do Séc.XX. Vê-se (ao fundo do lado esquerdo)a forma original da actual Pensão Aviz. A vedação do Jardim Público era em gradeamento. No Jardim ainda não existiam palmeiras visiveis. O Clube da alta sociedade da época já lá está.A Foto é mesmo do início do séc XX. O postal foi enviado pela minha avó à mãe que na altura estava em Lisboa. A centro da Praça é preenchido por árvores. Vê-se o prédio da família Montez e no canto inferior direito, uma mulher passa com o seu burrico. Era aqui que se desenrolava o mercado.
A fotografia é da década de 40. A vedação do Jardim deixou de ser em gradeamento para passar a ser de tijolo e pedra. A entrada do Jardim é em "Arco Triunfal". Junto à entrada do Jardim lá vai mais um burro. Mais à frente uma carreira do "João Henriques". O centro da praça já não tem árvores. Tem 3 círculos em calçada portuguesa extremamente elaborada. Onde é hoje a Pensão Aviz era a Pensão Peninsular.

Anos 60. As palmeiras já cá estão crescidinhas. A entrada nobre do Jardim mantém-se. Ao fundo vêem-se as 3 rosáceas em calçada portuguesa. "O Café Oceano" já lá está. Mesmo ao fundo vê-se o prédio de rés-de-chão que deu origem ao edifício do já inexistente Banco Nacional Ultramarino. O prédio do Montez ainda lá está.

SÉC XXIFoto do dia 27 de Março de 2007. Dispenso-me de qualquer comentário ilustrativo.

Que Praça gostaríamos mais hoje ter?

3 comentários:

jp disse...

Eu não tenho dúvidas que gostaria de ter uma praça pedonal, ampla, larga, sem carros, sem estradas e que assumisse a sua posição de centro da cidade facultando o covívio entre os munícipes.
Tal significa esplanadas sim, mas sem "aquários" e o concretizar do velho plano da estrada junto à muralha ou por qualquer outro lado desde que a Praça voltasse para as pessoas, em vez se ser um anexo à circulação automóvel.
Mas parece que a vertente pedonal em Peniche está votada ao fracasso...
http://amigos-de-peniche.blogspot.com/

Unknown disse...

Bom, assim rapidamente, era preferível uma praça com mais burros sem disfarce, como os de antigamente :)

Anónimo disse...

Bom.A antiga era bem mais bonita,mas como não sou contra a modernidade,quando esta se traduz em melhorias.Calçada actual está à vista.Árvores,sinónimo de alergia autartica.Mobilidade,palavra vã.Deficiente em cadeira de rodas ou pais com filhos em cadeira de bébés,tentem ir do nosso jardim até à Ribeira Velha em segurança.Um doce.
Ruas onde mal cabem dois carros ,com dois sentidos e estacionamento.Ruas apenas com um sentido(correcto) e outras ao lado com dois(apenas para facilitar a vida a alguém).Sinais erradamente colocados.Sinais que ninguém cumpre.Falta de sinais noutras ruas.Freguesia de S.Pedro e Conceição são férteis nestes casos .
Está á vista.Ninguém precisa inventar.Não é esta a minha visão para Peniche.Assim não... e tarda a endireitar