A MISSA
A propósito de uma “postagem” recente um amigo meu em conversa comigo estranhava, certas afirmações (?) feitas lá por mim. Eu tentei explicar-lhe as minhas dúvidas e os meus medos. Depois vim para casa e em cima da secretária encontrei um recorte que fiz de uma brilhante entrevista feita pelo “Expresso” ao Ruy de Carvalho.
E nesse recorte estão os meus embaraços. Sinto-me quebrar ao ler o que li. É então que me apetecer ser o que sou e também o contrário de mim mesmo.
Pergunto a mim mesmo se a Fé não se pode encontrar naquilo que nos surpreende e atinge. Transcrevo a parte da entrevista que me deixou perplexo e de rastos.
Diz o Ruy de Carvalho a certa altura:
…Uma vez tive uma resposta muito interessante em Penafiel, no Calvário. É uma obra do Padre Américo, onde estão as pessoas que já não têm nenhuma saída para a vida. E eu perguntei aos padres que estavam lá como é que era a missa. “A missa são eles. Eles é que são as chagas de Cristo. Eles é que são o sofrimento que Cristo teve. Temos de os tratar. A missa é quando os tratamos. Não tem horário. Também rezamos, mas é quando os ajudamos. Quando os ajudamos a não terem tantas dores.”
E eu remato dizendo que esta missa eu compreendo. Esta Eucaristia tem tudo o que precisamos para perceber o sentido da Vida.
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