OS IDIOTAS
Não fui buscar o título desta crónica de hoje ao romance de Dostoiévski. Já não há príncipes nas histórias dos dias de hoje. E os de coração puro foram desaparecendo na voragem dos tempos.
Os idiotas de que hoje falo são os que o Dicionário da “Texto Editora” referencia como, homem de espírito curto; ignorante; falto de inteligência; parvo; estúpido; ignorante; imbecil.
Quando lhes faltam os argumentos pões mãos e pés no chão e comportam-se asininamente.
São os seus próprios argumentos quem os denunciam. Não falam para os outros. Falam para se ouvirem uns aos outros. De si mostram que existem através de comunicados, notas de imprensa, afirmações de fidelidade aos líderes. A “populaça” só lhes serve como escadote para atingirem o topo da hierarquia. À custa do deserto de ideias que estendem por onde passam. O bem comum é para os idiotas uma figura de retórica.
Sentam-se na cadeira de poder do papá, aguardando o seu direito de sangue para lhes ocuparem o lugar.
Referem-se aos que ocupam os lugares que consideram seus por direito divino, como pústulas execráveis. Adoram falar em oportunismos e em utilizações indevidas da coisa pública, como se não tivessem telhados de vidro.
Os idiotas são manipulados pelos seus em primeiro lugar. Depois pelos que sabem que oferecendo-lhes prebendas eles tornam-se maleáveis e dóceis. Nalguns casos são esmo os familiares que aspirando a outros altares, os indusriam para lhes darem os lugares em herança.
Os idiotas quando atingem o poder servem-se de tudo e de todos como entidades parasitárias. Nada os impede na sua voragem. No seu caminho não poupam familiares, amigos e correligionários.
Tudo destroem para atingir o seu fim. Cuidado com os idiotas. Estamos em tempo de eleições. É o tempo em que eles medram. E em que surgem à luz do dia.
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