terça-feira, março 29, 2011

A GRANDE DISSOLUÇÃO

Espero com grande ansiedade o dia em que o Grande Timoneiro vai dissolver a Tribuna dos incompetentes e marcar eleições que escolherão outros tribunos mais capazes para as ciclópicas tarefas que os esperam.
É assim: - uma pequena parte da população escolhe a quem lá quer dar assento. Mas como o banquete só chega para uns quantos, a certa altura os que nem chegam às migalhas revoltam-se, “cagam” naquilo que os poucos portugueses que se incomodaram a escolher decidiram, e nas costas de quem podia escolher correm a pontapé com os escolhidos.
Confundidos? Não se preocupem. Não tem importância nenhuma. Vai sempre dar ao mesmo.
O Grande Timoneiro quando há ano e meio deu posse aos miseráveis, não sugeriu uma maioria alargada para governar. Agora que os indigentes foram para a rua já “sugere” (?) essa regra. Dir-me-ão que essa é a forma de condicionar as escolhas. Será. Mas é a Bem da Nação.
Até para estender a mão e nos comportarmos como indigentes temos restrições. Maldita Europa!
Eu cá quero ser pobrezinho e não perder a minha dignidade. E se a tiver que perder que seja em grande. Por isso sugiro passarmos a protectorado da Grande Nação Alemã. Ficamos como a sua reserva para o Surf e para o Sol. Poupamos em eleições e em Parlamentos pueris. Obrigam-nos a trabalhar? Paciência. Sempre será melhor que aturar os nossos políticos a fingirem que se preocupam connosco. O Português passa a dialecto? O Alemão passa a língua materna? Antes uma boa madrasta que uma estúpida e má mãe.
Não preciso de votar. Preciso é de ser respeitado mesmo que seja mendigo. E se for mendigo que estenda a mão à moedinha com que vou comprar a minha carcaça. Recuso-me a trabalhar para o peditório dos que se estão borrifando para mim.

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