UMA SEMANA E PERAS
A semana que está prestes a findar, foi plena de tudo o que não queríamos. Uma voz perturbadora que se cala. Um rol de sacrifícios que parece ter pouca importância. Mais um vizinho dos meus tempos de menino que desaparece para sempre (o Olímpio caiador). E uma visão que me perturba de um Portugal que cada vez mais não entendo. Refiro-me ao que se passa no mundo virtual do futebolês. Fala-se em crise. Sporting, Benfica e em certa medida o Porto, adquirem contentores de jogadores vindos de toda a parte do mundo. E pagam impostos com esses milhões que esbanjam? O Presidente de um desses clubes diz que deve um valor obsceno. Os outros não lhe ficam atrás. E entretanto garante poder gastar milhões em reforços(?) porque a banca garante os valores necessários. Será por esta e por outras que fomos atirados para a categoria de lixo?
Quando os portugueses fazem sacrifícios terríveis para garantir a divida do país, quando ao que dizem os ministros não podem usar carros oficiais fora das horas de serviço, os “pontapolês” passeiam milhões. E nós assistimos a tudo impávidos. É futebol aceita-se. Um técnico de indiscutível valor não pode ganhar mais que o ordenado do Presidente da República, mas um puto que fugiu à escola e que serve de péssimo exemplo para quem se esforça e é bom aluno, pode auferir dezenas de milhar de euros por mês.
Já percebi porque é que somos lixo.
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