quinta-feira, julho 14, 2011

“MANIFESTO CONTRA O TRABALHO”
È este o título de um livro que ando agora a reler, publicado entre nós pela Editora “Antígona” e da autoria do “Grupo Krisis”. É bom questionarmos tudo num momento em que nada já é garantido. Quando de nós se extirpa tudo e tudo se exige em nome de valores que já só os desalojados e os párias seguem ainda escutam, é o momento de tudo questionar.
De dois capítulos deste livro respingo duas citações:

V – O TRABALHO É UM PRINCÍPIO DE COERÇÃO SOCIAL
… Saber se se constroem casas ou se se produz armamento, se ser imprimem livros ou se se cultiva tomate transgénico, se em consequência as pessoas adoecem, se a atmosfera é poluída ou se “apenas” é espezinhado o bom gosto – nada disto interessa, desde que, de um modo ou de outro, a mercadoria possa ser transformada em dinheiro e o dinheiro, de novo em trabalho.


VI – TRABALHO E CAPEITAL SÃO AS DUAS FACES DA MESMA MOEDA
A esquerda política sempre adorou o trabalho com particular fervor. Não só elevou o trabalho ao estatuto de essência do Homem, como produziu a mistificação de transformá-lo num princípio pretensamente oposto ao capital. Na sua perspectiva, o escândalo não é o trabalho, mas sim a exploração do trabalho pelo capital. Por isso o programa de todos os “partidos dos trabalhadores” sempre foi somente “libertar o trabalho”, mas não libertar do trabalho.”

Sugiro este livrinho (não são mais de 100 páginas) como leitura de férias. Termino tal como termina este livro." Proletários de todos os países, acabai com ele!"

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