ACREDITEM SE QUISEREM
Está a ser penoso escrever. Sobre o país em desastre? Sobre Peniche? E quando digo Peniche, estou a falar do Concelho. Quem puder estragar gasolina e percorrer as freguesias rurais, sente que já não está num local seu conhecido. Consolação, S. Bernardino, Casais do Baleal já não existem com identidade própria. A terra das Lavadeiras já não existe. Onde é que eu vou por os ramos de cravos em pagamento de promessas?
Somos um povo que partiu em busca do futuro e que nessa caminhada deixou a sua identidade. No campeonato da “toleima” vivemos entre o surf e a maior (?) onda do mundo. Vem aí o 1º Natal em que me recordo não haver alegria para celebrar. Para os que querem acreditar que Jesus nasceu, ainda pode haver alguma euforia. Para as milhares de crianças que acreditavam que o seu Pai era Natal, inicia-se aqui a descoberta da grande trapalhice. O pai está desempregado, a mãe está desempregada e Natal é para quem pode, não para quem quer.
Digam-me lá sobre o que vou escrever.
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