SIC/EXPRESSO/EXAME
No decorrer do jornal da manhã da SIC é habitual a entrevista às pessoas que abordam na EXAME e no EXPRESSO as notícias de economia. Presumo que se trata de licenciados “frustrados” em economia que se dedicaram à carreira jornalística. Ou então trata-se de jornalistas que se dedicam à economia, porque a linguagem dos números lhes é mais acessível que juntar letras para exprimir ideias.
Assim foi hoje com um tal sr. Pedro, que às tantas sobre o OE de 2012 e as alterações introduzidas nos cortes, dizia mais ou menos isto: “- A suavização dos cortes na cultura é irrelevante por não se tratarem de bens de 1ª necessidade.”
De facto entendo que os economistas ou os para-economistas assim pensem. Para eles e para os políticos a cultura é assunto menor. E quanto menos culto for um povo mais facilidade existe em dominá-lo e manobrá-lo. A apatia em que se vive em Portugal face à desbunda em que há longos anos vivemos, é significativa do grau de atraso intelectual em que vivemos. As pessoas não compram livros porque não gostam de ler. As pessoas não compram discos porque não gostam de música. Afinal sempre é mais divertido chamar fdp ao árbitro ou saber os segredos nos reality shows.
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