ETERNA SAUDADE
Hoje é dia de Finados. Tudo me leva a pensar nos que partiram e que de uma forma ou de outra contribuíram para que eu seja a pessoa que sou hoje. A morarem na minha rua, dos meus tempos de menino, restamos muito poucos. Eu, o Silvino, o Tóino “Roncolho”, a Lélé, e mais ninguém. Dos meus familiares directos mais próximos restam-me 2 sobrinhos a viverem no Algarve e 2 primos que raramente vejo apesar de morarem em Peniche.
Dos poucos Amigos que tive ao longo da vida, restam-me o Fdes, o Hélder e o Tónha. Tenho muito mais amigos espalhados pelos 4 cantos do Mundo, mas aqueles a que me referi acima são mesmo especiais. Tenho um padrinho ainda vivo que passa por mim e não me reconhece.
Também do tempo em que vivi na Praça Jacob já só resta a Edine e a D. Maria Aline. Já não há mais ninguém que ali tivesse vivido ou ali trabalhasse e que tivesse pautado as minhas memórias.
De todos os amigos, companheiros e pessoas que me ajudaram a crescer guardo uma memória que por vezes me atrapalha. Marcam-me profundamente as recordações de um tempo que foi o meu.
E quando por vezes me chega à caixa de correio uma mensagem da Mámi, ou da Belmira, do Eduardo, ou do Hélder, sinto uma espécie de adrenalina que me percorre as veias e me dá forças para continuar. Ainda me restam muitas pessoas de quem gosto e que fazem parte da minha vida. São elas o pão que me alimenta. Embora me matem as saudades dos que já não posso ver e que não podem lixar-me o juízo quando caminho no precipício.
E aos que partiram não vou despedir-me com um até já. É que eu não estou nada interessado em seguir o caminho deles. Já disse! Só de pensar que morro, já tenho saudades de mim.
1 comentário:
Zé Maria, não há duvida que custa ver partir quem gostamos e quem fez parte da diferentes etapas da nossa vida, mas dá-nos sempre um folgo ler ou ouvir os "velhos" amigos de sempre. Beijinhos da Mami
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