sexta-feira, novembro 18, 2011

A PARTILHA DO PODER
Não é difícil de perceber porque é que estamos sempre de tanga neste país, ou porque é que caminhamos para lá. Sempre que se verifica o exercício da alternância democrática, o que ontem eram avanços, hoje são recuos. As reformas institucionais dos que eram governantes, passam a ser travões reaccionários ao desenvolvimento.
Vem um novo Governo e há que mudar o mais possível tudo o que poder ser feito, para mostrar serviço e que sabemos mais da poda do que os seres obtusos que nos antecederam. E o que se passa a nível dum Governo de uma nação, também acontece no Poder Autárquico ou nas chefias que se sucedem hierarquicamente.
Recordo aqui com algum humor, que quando saí do Conselho Directivo da Escola em que me encontrava na Lourinhã, os colegas que sucederam no desempenho do cargo, procuraram coisas menos bem feitas para eles darem o seu cunho pessoal, e como também não queriam perder muito tempo com isso, mandaram serrar uma porta a meio, para que quando alguém batesse, em vez de entrar pudesse ser identificado.
Anedotas à parte, o actual Governo decidiu acabar com a RTP tal como a conhecemos e contra a opinião de todos os entendidos na matéria, entregou o estudo do seu desmantelamento a um grupo de “idiotas” que parira um modelo novo que descontentou a toda a gente. E mesmo dentro do grupo, os poucos que percebiam alguma coisa da poda, decidiram demitir-se de funções para que os seus nomes não aparecessem ligados ao aborto que foi parido.
Entretanto reestrutura-se a todos os níveis sem se saber porque e como fazer. A Polícia Maritima anda de Herodes para Pilatos de mão em mão como as “pombinhas da Catrina”. Dizem-nos que vem aí uma nova reforma curricular que vai em definitivo tornar o nosso ensino mais eficiente. Isto dito por quem acha que prémios pecuniários só os dos seus colegas Oliveira Costa, Duarte Lima, Dias Loureiro e Isaltino Morais são meritórios. Os que os “putos” ganham por serem bons alunos fazem deles mercenários.
A da Justiça ganhou os Juízes porque entregou numa bandeja a cabeça do Bastonário. A da Agricultura, e, e. e, fala fala fala e não diz nada. E os peixes porque ninguém fala deles ficam contentes porque assim sobrevivem à hecatombe de mais uma mudança governamental.
E quanto dinheiro custam todas estas alterações sem nexo, que hão-de por sua vez ser alteradas quando um novo governo tomar posse? E como vamos nós sobreviver a este turbilhão de loucuras.
PS: Vejam a Quadratura do Círculo às 5ªs Feiras às 23:00 na SIC Notícias.

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