AS REDES SOCIAIS
Confesso o meu ódio antigo e permanente pelas redes sociais. Aderi a uma durante pouco mais de um mês, e quando me apercebi dos pedidos de amizade que me surgiam vindos de pessoas que se cruzavam comigo diariamente e que cara a cara nem à “merda” me mandavam fiquei estupefacto. Até gente que sempre me ignorou entrava por minha casa adentro tentando intrometer-se na minha vida pessoal como se, uma rede pública de mensagens pudesse corresponder e balizar as relações pessoais.
É claro que de imediato dei baixa da minha adesão e mantive a minha casa imune à presença de ETs. Depois fui lendo e vendo a que ponto chegava a exposição da vida pública das pessoas através das redes sociais. Estas “coisas” ocuparam o lugar do “Pátio das Cantigas” ou da “Ribeira Nova” ou mesmo dos cafés, pastelarias, barbeiros e afins, onde se cuida das vidas das pessoas. Com a grande diferença de que em vez de públicos restrictos, passam a ter uma vasta visibilidade.
Confunde-me depois que as redes sociais tenham passado a ser utilizadas como meio de comunicação. É o caso do Presidente da República Portuguesa que faz das redes sociais o seu veículo de comunicação, como se a generalidade do Povo Português tivesse computador, pagasse taxa de Internet ou gostasse de saber do que se passa por veículo de informação. Eu, sempre que me remetem para uma rede social para ver, ou tomar conhecimento, ou participar no que quer que seja recuso liminarmente esse acesso.
Poderia que ainda se me tornaram mais odientas as redes sociais por razões pessoais. É verdade. Mas não abdico de pensar que quem se expõe perante a opinião pública, arrisca o mercado de emprego, a sua identidade pessoal, o seu bem estar físico e intelectual. E não me venham com a velha história de que só adere quem quer. As crianças e jovens são facilmente aliciáveis, tal como os oportunistas e os criminosos.
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